Guido Giehl e Afonso Bastian estiveram na sessão terça
Terça-feira foi a noite dos secretários na Câmara de Vereadores de Morro Reuter. No início da sessão, o secretário da Fazenda, Afonso Bastian, apresentou o relatório das contas do primeiro quadrimestre. Depois, foi a vez do secretário de Saúde, Guido Giehl, usar a tribuna, atendendo à convocação do ofício 030/2009.
A visita de Guido durou mais de duas horas. Primeiro, ele apresentou os números da rede pública de saúde no primeiro trimestre.
- A Lei obriga investir 15% na saúde. Nesses primeiros meses do ano o investimento do município foi de 19,69% - informou o secretário de Saúde.
Em seguida, ele ficou à disposição dos vereadores. Como era previsto, os principais questionamentos partiram da oposição. Juliana Zimmer (PTB) quis saber que medidas a secretaria tem tomado em relação aos atrasos de médicos. Guido admitiu que este é um “problema crônico, de difícil solução”.
- Quando isso acontece, a gente pede que as pessoas façam uma reclamação por escrito sobre a demora, mas ninguém faz. É complicado... É uma classe que, se tu brigar com ela, não vai ter profissionais na sua unidade - comentou ele, referindo-se à classe médica.
Guido reconheceu que um médico chega atrasado com frequência:
- É um bom profissional, mas tem esse problema do atraso. Já conversamos com ele. É um médico que no dia em que sair daqui, muitos pacientes vão ficar chateados. No ano passado até foi iniciado um processo, mas ele foi na Promotoria e alegou perseguição política.
Romeo Schneider (PDT) levantou a questão do contrato com a Rede Médica, que foi renovado no início do ano. O vereador quis saber por que a prefeitura não fez licitação para esta prestação de serviço.
- Desde o início do ano, a prefeitura já gastou 76 mil 282 reais com a Rede Médica, o que dá uma média de 55 reais por hora. Houve por parte da administração procura por outra empresa? - questionou o vereador.
Segundo o secretário, o processo de licitação está em andamento:
- E é demorado... Por isso, achamos por bem manter o contrato com a Rede Médica, que já vem desde a administração passada (de Elaine Capeletti, do PDT). Em junho do ano passado foi fechado contrato sem licitação por 53 reais a hora. Agora, demos a correção do IGPM e subiu para 55.
O vereador Romeo insistiu que a Lei obriga o município a abrir licitação para contratar uma prestação de serviço. Guido voltou a dizer que trata-se de um “processo demorado” e que, durante este período, o município não pode ficar sem atendimento.
- Fizemos um contrato emergencial. A administração passada também contratou sem licitação - afirmou ele.
A sabatina com o secretário de Saúde terminou perto das 22h.
Superávit de 412 mil reais no 1º quadrimestre
Morro Reuter apresentou um superávit primário de R$ 412.707,38 no primeiro quadrimestre de 2009 (janeiro, fevereiro, março e abril). Conforme o secretário da Fazenda, Afonso Bastian, as receitas foram suficientes para cobrir as despesas. A arrecadação foi de R$ 3.287.097,57 e os gastos de R$ 2.874.390,19. Os números foram apresentados na
sessão desta terça-feira (foto).