Para amenizar os prejuízos das famílias atingidas pelo temporal na madrugada de domingo, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e prefeitura passaram o feriado de terça-feira entregando telhas, colchões, travesseiros e roupas de cama.
O material foi doado pela Defesa Civil de Porto Alegre após Dois Irmãos ter decretado situação de emergência. As 300 telhas, 100 colchões, 100 travesseiros e 100 roupas de cama e cobertores foram buscados na manhã de terça.
A entrega começou após as 13h30 e encerrou por volta das 17h30. A equipe de distribuição contou com 15 bombeiros militares e voluntários e 7 funcionários da prefeitura. A quantidade de telhas não foi suficiente para suprir a demanda e a prefeitura buscaria mais 400 telhas nesta quarta-feira. “Esta segunda parte do material começará a ser entregue amanhã pela manhã (quinta-feira)”, comenta o secretário de Obras e integrante da Defesa Civil, Willy Schneider.
Outro problema causado pela chuva foi a queda de barrancos em dois pontos da BR 116, na divisa de Dois Irmãos e Morro Reuter. Uma equipe do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) passou o dia de ontem retirando a terra desmoronada. À tarde, uma retro-escavadeira da prefeitura também foi deslocada para a BR para auxiliar a equipe. O tráfego ficou em meia pista até o final da tarde, quando a via foi lavada com caminhão-pipa.
O saldo do temporal do final de semana, de acordo com levantamento nas áreas mais atingidas, foi de 200 pessoas desalojadas e mais de 40 casas destelhadas. Os bairros mais atingidos foram Portal da Serra, Bela Vista e Loteamento Picada 48. Ainda na segunda, bombeiros receberam novos chamados. À tarde, uma equipe precisou cobrir parte do telhado da escola Felippe Wendling, no Bela Vista. Algumas salas de aula ficaram alagadas. Na Vila Becker, um barranco desmoronou e a prefeitura precisou interditar o trânsito.
O temporal também causou problemas no abastecimento de água. Porém, segundo o gerente da Corsan, Marcio Contti, a situação já está normalizada. “A vazão de água já normalizou. Agora só precisamos fazer uma limpeza em volta das bombas, pois tem até troncos de árvores trancados. Mas posso garantir que o abastecimento já está normal”, disse ele.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Um feriado de reconstrução
Famílias desalojadas recebem telhas, colchões, travesseiros e roupas de cama
Secretário Sérgio põe a culpa na bandinha
Como é tradição em 29 de setembro, Dia de São Miguel, as celebrações nas comunidades religiosas acontecem no início da manhã e, logo após, uma bandinha típica conduz os fiéis até a Sociedade Santa Cecília para dançar a tradicional poloneise. Trata-se, sem dúvida, do maior símbolo do Kerb, que une católicos, evangélicos e luteranos.
Este ano, porém, não teve bandinha acompanhando as comunidades luterana e evangélica até o Centro da cidade, o que provocou revolta em muitos dois-irmonenses. “O pessoal esperou pela bandinha, que sempre dá um brilho especial. Fora da igreja, também estavam a Rainha da cidade e as Princesas. O pessoal reclamou bastante e o prefeito até pediu desculpas, dizendo que ia ver o que aconteceu”, comentou o pastor luterano Oscar Zimmermann.
O pastor Robson Neu, da Comunidade Evangélica, também afirma que os fiéis ficaram muito revoltados. “Fiz papel de bobo. Anunciei na igreja, no final do culto, que íamos nos unir à Comunidade Luterana e ir juntos, ao som da bandinha, até a Igreja Católica, e depois entrar na Santa Cecília. Como a banda não estava lá fora, ainda esperamos, achamos que iria vir”, comentou o pastor. Mas como a bandinha não veio, os fiéis seguiram em silêncio pela Av. São Miguel. E o clima que era para ser de festa, mais parecia de cortejo fúnebre.
TRADIÇÃO QUEBRADA
Segundo o pastor Robson, no caminho até o Centro o único assunto era a falta da bandinha. “Quebrou-se uma tradição. O pessoal ficou revoltado. Quando chegamos perto da Igreja Católica, vimos que a bandinha estava lá, e isso ficou muito chato. Todos perguntavam quem era responsável por contratar a banda. Se não sabiam como era anteriormente, deveriam ter perguntado. Muita gente convidou pessoas de outras cidades para participar dos cultos e da caminhada ao som da bandinha, uma tradição bonita”, lamentou o pastor.
Por fim, Robson disse que vai se reunir com o pastor Oscar para ver como será daqui em diante. “Se somos nós que temos de contratar a bandinha de agora em diante, vamos fazer, mas que isso seja comunicado”.
Segundo o pastor Robson, no caminho até o Centro o único assunto era a falta da bandinha. “Quebrou-se uma tradição. O pessoal ficou revoltado. Quando chegamos perto da Igreja Católica, vimos que a bandinha estava lá, e isso ficou muito chato. Todos perguntavam quem era responsável por contratar a banda. Se não sabiam como era anteriormente, deveriam ter perguntado. Muita gente convidou pessoas de outras cidades para participar dos cultos e da caminhada ao som da bandinha, uma tradição bonita”, lamentou o pastor.
Por fim, Robson disse que vai se reunir com o pastor Oscar para ver como será daqui em diante. “Se somos nós que temos de contratar a bandinha de agora em diante, vamos fazer, mas que isso seja comunicado”.
O QUE DIZ O SECRETÁRIO
O secretário de Turismo, Sérgio Fritzen, diz que houve um desencontro. “Houve o encaminhamento. As Princesas e a Rainha estavam esperando o culto terminar para acompanhar a caminhada. Eu estava na celebração da Comunidade Católica quando me ligaram pedindo pela bandinha. Eu disse: ‘ela está lá’. Mas não estava. Houve um desencontro. Eles foram avisados para estar às 9h aqui e depois disseram que entenderam que era 9h45, 10h”, justificou o secretário Sérgio.
O QUE DIZ A BANDINHA
Arlindo Muller, da Banda Caçula, disse que o grupo foi contratado para estar às 10h em frente à Igreja Matriz para conduzir os fiéis até a Sociedade Santa Cecília. “Estávamos lá às 10h, entramos na igreja e ainda cantamos o Grosser Goth. Depois levamos o público até a sociedade. Ainda tocamos meia hora a mais do que estava no contrato”, disse ele, explicando que a banda não foi solicitada para conduzir os fiéis das comunidades evangélica e luterana.
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