A primeira sessão de 2010 na Câmara de Vereadores de Dois Irmãos, nesta segunda-feira, seguiu no ritmo de 2009: com mais de três horas e com troca de farpas entre situação e oposição. De diferente mesmo, só a composição da mesa principal, que agora tem à frente duas mulheres: a presidente Tânia da Silva (PMDB) e sua secretária Eliane Becker (PP). Outro fato também chamou atenção: Paulinho Quadri (PMDB) foi o único a não usar a tribuna nesta primeira sessão.
Oposição critica falha
que atrasou recurso para
a Estrada Campo Bom
Antes da sessão, os vereadores tiveram duas pautas importantes. Primeiro, participaram de uma reunião fechada para tratar do plano de carreira dos servidores públicos e do magistério. Em seguida, eles receberam a visita do secretário da Saúde, Márcio Slaviero.
Como não poderia deixar de ser, a polêmica ficou por conta da prestação de contas do Departamento Municipal de Assistência Social, que atrasou o repasse do recurso para o asfaltamento da Estrada Campo Bom. A oposição cobrou pela falha da administração.
- Temos dinheiro, mas falhamos na hora de resolver coisas burocráticas. Esperava voltar agora com o Willy (Schneider, secretário de Obras) já cansado de tanto tirar pedras da Estrada Campo Bom - disse a vereadora Eliane Becker (PP).
O problema na prestação de contas fez o município entrar no CADIN (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal), que é um banco de dados criado pela o governo federal para reunir todas as pessoas físicas ou jurídicas em débito com órgãos ou entidades federais. O vereador Sérgio Fink (PSDB) fez duras críticas:
- O vereador Tonho (Renz, do PDT) disse que não vai haver prejuízo para o município... Não vai haver mais, porque prejuízo já houve. A primeira parcela (de 378 mil) foi liberada em dezembro e dos 38 municípios beneficiados Dois Irmãos foi o único que ainda não recebeu.
Sérgio destacou que a Câmara fez sua parte para resolver o problema.
- Ninguém avisou que a situação dependia de um ofício da Câmara. Nós descobrimos e logo a presidente se propôs a encaminhar o quanto antes. É uma pena, pois agora será preciso iniciar o processo novamente - declarou o vereador.
A situação rebateu:
- O asfalto nas estradas Campo Bom e Sapiranga vai sair do papel. A questão do CADIN não interferiu em nada... - comentou Joracir Filipin (PT).
Sérgio também questionou os números da prefeitura. De acordo com o vereador, o recurso do Governo do Estado será de 1 milhão e 500 mil para a Estrada Campo Bom, com contrapartida de 345 mil da administração municipal.
- Esta contrapartida do município será diluída na prestação de serviços, e vai dar no máximo 190 mil reais. Mas estão dizendo que seria 500 mil... Ou se enganaram ou é para diminuir o valor do recurso do Estado. Não acho que seja má fé; acredito que seja mais um equívoco - alfinetou o tucano, lembrando que nos próximos dias deve ser liberado mais 454 mil do Governo do Estado para o asfaltamento da Av. 10 de Setembro.
“Vamos marcar a história;
fazer a diferença”, diz Tânia
Mais seis projetos de Lei do Poder Executivo deram entrada na Câmara nesta segunda-feira. No entanto, apenas um - que já estava na Comissão de Pareceres - foi à votação. A presidente Tânia da Silva (PMDB) reclamou do horário de entrada dos projetos:
- Como vamos votar hoje projetos que entraram na casa às 17h30? É preciso analisar primeiro os documentos - comentou Tânia, citando o caso do plano de carreira dos servidores.
- Esse projeto foi mandado em regime de urgência e era para ter sido votado semana passada. No entanto, ele veio com erro, diminuindo de seis para quatro meses a licença-maternidade. Se tivéssemos aprovado, seria um retrocesso para o funcionalismo público.
Edemar Rambo (PDT) não gostou e lembrou a legislatura passada.
- É como eu digo: manda quem pode e obedece quem precisa. Quero que me diga um projeto que veio às 17h30 na administração passada, quando vocês tinham maioria, e que não foi votado na mesma noite. Se têm maioria, fazem o que querem e acabou.
Tânia rebateu:
- Temos que aprender com a vida e o passado. Muitos fatos que aconteciam antigamente não vão mais acontecer. A gente vai exercer nosso papel como legislador. Nós vamos marcar a história neste mandato; vamos fazer a diferença - declarou a presidente.
Um dos projetos que ficou na Comissão de Pareceres é o nº 013/2010, que abre crédito especial de 123 mil reais para a aquisição de um terreno para a construção do novo Cemitério Municipal. A área de dois hectares fica ao lado do Cemitério Católico II, no bairro São João. A iniciativa foi elogiada pelo vereador Rambo.
- O atual Cemitério Municipal, que fica próximo ao lixão, não é digno para nenhuma família. São duas dores: um por perder um ente querido e outra por ter de levar tão longe. Dá um certo ar de indignidade aquele cemitério. Por isso, esse projeto é muito importante.
PURA PIMENTA
Sérgio Fink (PSDB) cobrou mais ação do governo municipal:
- O ano da experiência acabou. É preciso mais ação e menos enrolação.
Joracir Filipin, líder do PT na casa, não gostou do termo “enrolação”:
- Esse termo não pega muito bem... Jamais se recebeu tanto recurso dos governos federal e estadual. Esse governo vai mostrar o que plantou no planejamento do ano passado. Nenhum secretário, nem o prefeito usam esse termo “enrolar” - rebateu.
Sérgio voltou à tribuna, citando a entrevista do vice-prefeito Mauro Rosso, do PDT, publicada no Jornal Dois Irmãos de 13 de janeiro:
- Parabéns ao PDT por ter um nome como o dele de vice-prefeito. Perguntado sobre qual o estilo Mauro Rosso de governar, ele disse: “Sou mais objetivo. Tem muita coisa que precisa ter agilidade”. E continua: “Muito diferente do estilo Miguel?” Resposta: “Não sei... (risos) Fica a critério de vocês avaliarem. Para mim, se é sim, é sim; se não, é não. Não tem que enrolar!” Ou seja, a palavra não partiu deste vereador, mas do próprio vice, num comparativo com o prefeito. Além disso, informações extra-oficiais dão conta de que em muitas coisas os secretários se empenham, mas quando chega na mesa do prefeito, tranca - disparou.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Morte na Cascata São Miguel
Dois Irmãos registrou sua segunda vítima fatal por afogamento neste verão, no final da tarde de ontem.
O hamburguense Etivino Ferreira, 55 anos, passou a tarde ao lado de familiares de São Leopoldo na beira do rio da Cascata São Miguel. A família já estava querendo voltar para casa quando ele teria ido dar um último mergulho. Em questão de segundos, Etivino desapareceu nas águas. Um parente chegou a mergulhar, mas não conseguiu encontrá-lo. O Corpo de Bombeiros Comunitário de Dois Irmãos foi acionado por volta das 17h. Quatro bombeiros militares se deslocaram até o local e somente após uma hora de buscas o corpo de Etivino foi localizado. A vítima estava presa em uma pedra. Os bombeiros de Dois Irmãos chegaram a solicitar apoio da guarnição de Novo Hamburgo, que trazia um bote, mas a ajuda não foi necessária. O corpo foi removido ao Instituto Médico Legal (IML) por volta das 18h15 pela Funerária Schaumloeffel.
Enquanto os bombeiros trabalhavam nas buscas, a irmã de Etivino, dona Eva de Oliveira, se desesperava. Aos prantos, ela não acreditava no que acontecia. “Passamos a tarde toda aqui. Agora no final ele foi entrar de novo na água e quando vimos ele desapareceu”, disse ela, nervosa. Um dos filhos de Etivino também chegou no local quando os bombeiros retiraram o corpo do pai das águas. “Não acredito. Ele veio aqui para morrer. Meu pai está morto”, gritava ele, vendo o corpo do pai sendo coberto por uma lona preta.
O local foi isolado e muitos curiosos se aglomeraram. Ao mesmo tempo, muitos banhistas, que estavam ao lado da tragédia, continuaram se banhando.
Dona de bar reclamou
da falta de sinalização
Há mais de 20 anos cuidando de um bar às margens da Cascata São Miguel, Lilian Fiel já presenciou muitas mortes por afogamento e também alguns salvamentos. “Dias atrás conseguimos salvar uma criança que se afogava. Normalmente, o dia de maior movimento é domingo, mas este ano tem menos pessoas vindo aqui”, disse ela, reclamando a falta de sinalização no local. “Em todo este trecho que eu cuido, não tem nem sequer uma placa sinalizando perigo. Fazem três anos que vou direto na prefeitura solicitar placas e também lixeiras. Prometem vir aqui, mas nunca vêm”, diz ela.
Primeira morte deste verão
foi registrada em dezembro
Há pouco mais de um mês morria a primeira pessoa por afogamento neste verão em Dois Irmãos. O jovem Douglas Rafael Schuck, 20 anos, de Campo Bom, foi encontrado pelos bombeiros nas águas do Arroio Feitoria, na Vila Becker. Esta morte já deixou autoridades em alerta. Quanto maior o calor, mais as pessoas procuram por balneários e rios para se refrescar. Nos finais de semana e até durante a semana, em qualquer rio que se passa, crianças, jovens e adultos estão se banhando. O problema maior é a imprudência. No verão passado, não foi registrada morte por afogamento.
O hamburguense Etivino Ferreira, 55 anos, passou a tarde ao lado de familiares de São Leopoldo na beira do rio da Cascata São Miguel. A família já estava querendo voltar para casa quando ele teria ido dar um último mergulho. Em questão de segundos, Etivino desapareceu nas águas. Um parente chegou a mergulhar, mas não conseguiu encontrá-lo. O Corpo de Bombeiros Comunitário de Dois Irmãos foi acionado por volta das 17h. Quatro bombeiros militares se deslocaram até o local e somente após uma hora de buscas o corpo de Etivino foi localizado. A vítima estava presa em uma pedra. Os bombeiros de Dois Irmãos chegaram a solicitar apoio da guarnição de Novo Hamburgo, que trazia um bote, mas a ajuda não foi necessária. O corpo foi removido ao Instituto Médico Legal (IML) por volta das 18h15 pela Funerária Schaumloeffel.
Enquanto os bombeiros trabalhavam nas buscas, a irmã de Etivino, dona Eva de Oliveira, se desesperava. Aos prantos, ela não acreditava no que acontecia. “Passamos a tarde toda aqui. Agora no final ele foi entrar de novo na água e quando vimos ele desapareceu”, disse ela, nervosa. Um dos filhos de Etivino também chegou no local quando os bombeiros retiraram o corpo do pai das águas. “Não acredito. Ele veio aqui para morrer. Meu pai está morto”, gritava ele, vendo o corpo do pai sendo coberto por uma lona preta.
O local foi isolado e muitos curiosos se aglomeraram. Ao mesmo tempo, muitos banhistas, que estavam ao lado da tragédia, continuaram se banhando.
Dona de bar reclamou
da falta de sinalização
Há mais de 20 anos cuidando de um bar às margens da Cascata São Miguel, Lilian Fiel já presenciou muitas mortes por afogamento e também alguns salvamentos. “Dias atrás conseguimos salvar uma criança que se afogava. Normalmente, o dia de maior movimento é domingo, mas este ano tem menos pessoas vindo aqui”, disse ela, reclamando a falta de sinalização no local. “Em todo este trecho que eu cuido, não tem nem sequer uma placa sinalizando perigo. Fazem três anos que vou direto na prefeitura solicitar placas e também lixeiras. Prometem vir aqui, mas nunca vêm”, diz ela.
Primeira morte deste verão
foi registrada em dezembro
Há pouco mais de um mês morria a primeira pessoa por afogamento neste verão em Dois Irmãos. O jovem Douglas Rafael Schuck, 20 anos, de Campo Bom, foi encontrado pelos bombeiros nas águas do Arroio Feitoria, na Vila Becker. Esta morte já deixou autoridades em alerta. Quanto maior o calor, mais as pessoas procuram por balneários e rios para se refrescar. Nos finais de semana e até durante a semana, em qualquer rio que se passa, crianças, jovens e adultos estão se banhando. O problema maior é a imprudência. No verão passado, não foi registrada morte por afogamento.
Calor extremo traz alegria e mal-estar
Em Dois Irmãos, ninguém “mede” oficialmente temperatura. Mas acredita-se que nesta terça-feira beirou 39 graus, em algumas áreas, com sensação térmica acima de 45.
Para espantar o calor, vale tudo. Sombrinha, sorvete, ar-condicionado, pouca roupa... Nas unidades educativas da FADI, a saída para “esfriar” a garotada e amenizar o calor escaldante é um alegre banho de mangueira, como faz a professora Cleonice Sobieski, da Bons Amigos, na foto acima. Desde o final de semana, o Estado vive forte calor. Segundo o meteorologista Eugênio Hackbart, “até domingo as temperaturas não devem baixar dos 35”
No Postão a clientela auamentou, especialmente trabalhadoras de fábrica. Com o forte calor (mais o calor das próprias máquinas) mulheres sentem sensação de desmaio, ficam brancas, têm suor gelado, vômito e mal-estar generalizado. Segundo a técnica em enfermagem Dalva Maicá, entre 7 e 10 mulheres têm ido diariamente ao Postão com esses sintomas.
Para espantar o calor, vale tudo. Sombrinha, sorvete, ar-condicionado, pouca roupa... Nas unidades educativas da FADI, a saída para “esfriar” a garotada e amenizar o calor escaldante é um alegre banho de mangueira, como faz a professora Cleonice Sobieski, da Bons Amigos, na foto acima. Desde o final de semana, o Estado vive forte calor. Segundo o meteorologista Eugênio Hackbart, “até domingo as temperaturas não devem baixar dos 35”
No Postão a clientela auamentou, especialmente trabalhadoras de fábrica. Com o forte calor (mais o calor das próprias máquinas) mulheres sentem sensação de desmaio, ficam brancas, têm suor gelado, vômito e mal-estar generalizado. Segundo a técnica em enfermagem Dalva Maicá, entre 7 e 10 mulheres têm ido diariamente ao Postão com esses sintomas.
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