terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Câmera flagra bandido em ação na garagem de um edifício no Centro

Nas imagens do circuito interno de segurança, cedidas pelo síndico do condomínio, é possível ver a cara do bandido, que agora está sendo procurado pela polícia




A onda de assaltos e arrombamentos segue atormentando os moradores e deixando a comunidade de Dois Irmãos com medo. Para muitos, o final de ano está sendo de apreensão.
Na madrugada da última quinta-feira, véspera de Natal, um bandido invadiu um edifício no Centro da cidade e entrou dentro de um apartamento sem ser visto pelas vítimas, que estavam dormindo no momento da invasão. Além de roubar um notebook, uma máquina digital, dinheiro e uma bolsa com documentos das vítimas, o ladrão fugiu levando o automóvel Peugeot da família. A ação foi flagrada pelas câmeras do circuito interno de segurança do condomínio e durou mais de uma hora. Nas imagens, um rapaz magro, moreno, usando calça, camiseta preta e boné aparece já dentro da garagem.
Uma câmera do lado de fora também gravou imagens do rapaz rondando o edifício. Dentro da garagem, ele passa entre os carros dos moradores e em seguida quebra o vidro do caroneiro e vasculha o interior de dois veículos. Sem pegar nada, o marginal segue em direção a um apartamento no primeiro andar. Sobe pelo telhado e entra pela janela do apartamento de uma família. O casal e uma criança de 8 anos dormiam no local e não acordaram por causa do barulho do ar condicionado. Ele pegou os objetos, dinheiro no balcão e na carteira do proprietário e a chave do carro. Em seguida, desceu para a garagem, novamente pela janela, e desligou o alarme. Ao entrar no veículo, depois das 5h, um morador chegou e estacionou o carro na garagem. Sem ver o bandido, ele subiu para o apartamento. O bandido abriu a porta da garagem e saiu de ré. Na primeira tentativa, ainda bateu a traseira do carro em uma coluna da garagem. Na segunda tentativa, conseguiu fugir sem chamar a atenção. Para maior indignação das vítimas, em uma das vezes que passou pela câmera, o bandido abanou e depois virou o equipamento.

Vítimas notaram o roubo
na manhã de quinta-feira
Os moradores do edifício invadido na madrugada de quinta-feira, no Centro da cidade, só perceberam o roubo na manhã do dia 24. O proprietário do apartamento roubado, que prefere não se identificar, acordou por volta das 6h e encontrou a janela entreaberta. Depois, percebeu que sua carteira estava mexida. “Não havia deixado a carteira assim. Quando abri, vi que não tinha mais dinheiro, e o que estava em cima do balcão também tinha sumido. A minha esposa também não encontrou sua bolsa. Achamos muito estranho, pois na porta não havia sinais de arrombamento”, diz ele, que também não encontrou a chave do carro. “Peguei a chave reserva e desci para a garagem. Não encontrei mais meu carro e vi os outros dois veículos com os vidros quebrados”, relata o morador. Por não ter tido plantão na Delegacia de Polícia na quinta-feira, as vítimas fizeram o registro do roubo na Delegacia de Pronto Atendimento de Novo Hamburgo. A Brigada Militar também foi acionada. Pelas imagens internas, a polícia já tem um suspeito. Até o fechamento da edição, por volta das 16h, ninguém havia sido preso. O carro foi recuperado em Novo Hamburgo. No prédio invadido há oito câmeras e agora serão instaladas mais quatro.

Juíza Ângela Dumerque: “De todos os lugares onde trabalhei, é em Dois Irmãos que eu me sinto em casa”


A juíza Ângela Roberta Paps Dumerque reassumiu a Comarca de Dois Irmãos na semana passada. Três meses depois de ser transferida para a cidade de Marcelino Ramos, a magistrada concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Dois Irmãos, contando a batalha que enfrentou junto ao Conselho Nacional de Justiça para voltar a Dois Irmãos, como está a situação do Fórum em relação aos processos judiciais e quais são os seus planos para 2010. Acompanhe:
JDI - Qual era o ritmo de trabalho quando deixou Dois Irmãos, no início do mês de setembro, e como a senhora encontrou a Comarca agora, depois de três meses?
Juíza Ângela -
Quando saí, deixei os processos zerados. Tudo estava encaminhado. Para termos um paradigma, vamos fazer um levantamento dos números de 2008 e 2009. No ano de 2008 foram proferidas 728 sentenças e realizadas 1.635 audiências no cível e crime. Agora, de janeiro a agosto de 2009, quando deixei a Comarca, foram proferidas 445 sentenças e realizadas 1.142 audiências. São 306 sentenças e 493 audiências a menos. São números grosseiros. Isso tudo a gente vai precisar colocar em dia. Todas as audiências que não foram feitas e estão pendentes terão de ser remarcadas. E a situação pode piorar, pois já conversei com vários advogados e, como não havia juiz titular, eles deixaram de entrar com processos novos. Ainda há essa demanda que vai chegar em 2010. Nesses números, também não estão inclusos os despachos do cotidiano. O problema com juízes substitutos é que eles precisam responder pela sua Comarca de origem e mais a da substituição, portanto, o juiz não tinha como vir todos os dias a Dois Irmãos.
JDI - Como pretende organizar o trabalho de agora em diante?
Juíza Ângela -
A situação está muito difícil. Nestes três meses em que fiquei fora, e não por minha culpa, foi deixado de produzir muito na Comarca de Dois Irmãos. Temos 1.553 processos aguardando decisão. Tenho algumas ideias e estratégias para amenizar a situação, mas nem tudo depende somente de mim como magistrada. Antes de sair, eu realizava audiências todos os dias, ou no turno da manhã ou à tarde. Agora, mesmo fazendo as audiências durante todo o dia, não teremos como colocar os processos em dia em menos de um ano, pois além dos processos pendentes, teremos mais os novos que entram todos os anos. Em um levantamento inicial, teríamos de fazer 10 audiências por dia durante um ano, o que é impossível. Em um processo de roubo, por exemplo, em que se tem 10 vítimas-testemunhas, passo um turno inteiro só em depoimentos. Já pensei em várias alternativas. O trabalho está atrasado e o tempo não pára para mim. Para se ter uma ideia de como está nossa situação, quando entrei para a Comarca, em 2004, em fevereiro havia 2 mil processos atrasados, e mesmo com muito trabalho, em novembro ainda tínhamos processo de fevereiro. Sei que eu que tenho que resolver este problema e por isso já conversei com a Defensoria Pública, que vem somente na segunda-feira à tarde - numa semana são trabalhados os casos de família e na outra de crime. Minha ideia é tentar reivindicar com a Defensoria Geral mais um funcionário-emergência para vir mais um dia na semana. Também já conversei com o promotor público para combinarmos as audiências no mesmo dia. Nos processos de família, em 70% dos casos a defensoria é pública e no crime chega a 80%. Vou lutar por essa parceria. No entanto, mesmo conseguindo agilizar o trabalho nestas duas pontas, bato de frente com outro problema sério: uma equipe reduzida e que já está sobrecarregada.
JDI - Como a senhora pretende resolver esta defasagem?
Juíza Ângela -
Temos uma realidade que se arrasta por anos em Dois Irmãos. Desde a fundação da Comarca, na década de 80, a equipe é a mesma, de oito funcionários, sendo que no início eram 500 processos, e hoje são 7.656 por ano. A nossa estrutura física melhorou bastante, foi tudo informatizado, mas tem coisas que jamais irão substituir o ser humano. Há funções que impreterivelmente tem de ser feitas por um oficial de justiça. Não adianta eu me preocupar em marcar audiências e a nossa equipe não conseguir fazer todos os documentos necessários, mandados, enfim.. Se as pessoas não receberem a intimação, elas não virão na audiência. Para a comunidade ter uma ideia do problema, temos apenas dois oficiais para atender Dois Irmãos, Morro Reuter e Santa Maria do Herval. Por ano, eles recebem uma média de 4.073 mandados. Cada um precisa entregar 2.036, sendo que existem casos em que o oficial é obrigado a fazer até cinco saídas para conseguir encontrar a pessoa. Ele precisa ir na residência, no trabalho, enfim, precisa entregar o documento nas mãos do intimado. Vou tentar pleitear junto ao Tribunal de Justiça uma equipe extra para o cartório.
JDI - O que é preciso para conseguir mais funcionários?
Juíza Ângela -
Mobilização política. Este já é um problema de anos e a nossa comunidade não reivindica. A situação foi ficando difícil e assim vai se levando. Não basta a população reclamar da demora no balcão de atendimento do Fórum e falar da insatisfação para mim. É claro que precisamos saber como as pessoas estão se sentindo, mas é preciso mais, é necessário todos se unirem e reivindicarem por seus direitos. A Comarca de Ivoti, por exemplo, que começou recentemente, tem o mesmo número de pessoal que a nossa. Precisamos deixar de nos resignar a tudo isso. Eu, juíza, não posso contratar, posso mostrar nossa realidade e reivindicar com os superiores, mas a mobilização pública também tem uma importância fundamental na hora de conseguir mais funcionários.
JDI - Conte um pouco da batalha enfrentada nos últimos meses e o alívio pela vitória junto ao Conselho Nacional de Justiça.
Juíza Ângela -
Tudo começou em 2006, por uma situação de chefia. Até então, estava tudo ocorrendo de forma tranquila, até que houve uma substituição de chefia imediata. Houve uma incompatibilidade de metodologia de trabalho. Fui reivindicar melhorias e recebi a resposta de que era minha equipe que não queria trabalhar e fazia corpo mole. Ainda me disseram que eu precisava ser mais rigorosa. Não me conformei com isso, pois trabalho há bastante tempo aqui, sei da nossa estrutura e conheço a dedicação dos funcionários que chegam a trabalhar até as 19h, 20h, e ainda ficam no horário do meio-dia. Como essa pessoa nunca teve restrição sobre meu trabalho, começou com ataques pessoais. Começou a investigar minha família e tudo mais. Começou a sustentar que eu não morava em Dois Irmãos e, então, no mês de setembro eu fui transferida pelo Tribunal para Marcelino Ramos. Resolvi recorrer ao Conselho Nacional de Justiça e buscar apoio.
APOIO DA COMUNIDADE
JDI - Como foi tomar essa decisão? A senhora recebeu apoio da comunidade?
Juíza Ângela -
Recebi apoio da Apae, Liga Feminina de Combate ao Câncer, Consepro, Câmaras de Vereadores de Dois Irmãos, Morro Reuter e Santa Maria do Herval; das prefeituras de Morro Reuter e Santa Maria do Herval; da Defensoria Pública, Promotoria Pública, dos deputados Renato Molling - que me apoiou em Brasília - e Mendes Ribeiro, entre outras pessoas. Houve um apoio imenso da comunidade em geral e de diversas lideranças políticas. Com a saída de Dois Irmãos resolvi recorrer de Porto Alegre para Brasília. Foram quatro meses de batalha e consegui uma decisão favorável. Fiquei bem surpresa por toda a mobilização a meu favor. Eu sempre procurei ter uma boa relação social na cidade, exercendo minha função de magistrada, e tinha uma produção eficiente. Se eu não tivesse recorrido, nunca saberia como as pessoas se sentem em relação a mim e ao meu trabalho.
JDI - Em algum momento a senhora pensou em não recorrer da decisão e continuar trabalhando em Marcelino Ramos?
Juíza Ângela -
Em primeiro lugar, não se chega onde eu cheguei sem batalhar. É preciso ser determinada. Desde sempre segui aquilo que eu queria, fiz faculdade em universidade pública e depois passei no concurso para juíza. Com 19 anos de idade eu me mudei para o Mato Grosso. Enfim, com todas essas experiências vividas, me tornei uma pessoa determinada. É do meu jeito de ser o pensamento de não recuar. E como a situação não era justa e eu não estava sendo punida por ser uma má juíza, caso contrário teria feito uma auto-crítica, eu decidi ir atrás do que eu acreditava. Se eu tivesse dúvidas sobre o meu trabalho e não tivesse sido apoiada por tantas pessoas e entidades locais, não teria tido força para seguir em frente.
JDI - Um dos conselheiros do CNJ classificou seu processo como um caso típico de “perseguição”. A senhora se sentiu perseguida?
Juíza Ângela -
Sim, eu me senti perseguida. Não só pelos ataques pessoais, mas perseguida porque eu sentia necessidade de solucionar problemas e não recebia retorno. Por exemplo: pedi treinamento para funcionários para processos de réus condenados e não recebi. Na questão sobre ter mais funcionários, assim que fui transferida, foram mandados três novos para cá e um dia antes do meu retorno, eles foram retirados. Mas não quero levar essa situação adiante. Nunca quis me fazer de vítima ou querer que as pessoas tivessem pena da juíza. Minha defesa foi toda baseada em mostrar o trabalho que realizei na cidade e o reconhecimento que recebi da comunidade por isso.
PLANOS PARA 2010
JDI - O que significa voltar a Dois Irmãos? Por que quis tanto ficar aqui?
Juíza Ângela -
É incrível! Desde o primeiro dia em que comecei aqui na Comarca, me identifiquei com a cidade e sua cultura. De todos os lugares onde trabalhei, é em Dois Irmãos que eu me sinto em casa. Aqui me sinto entendida. Em alguns lugares explico o processo e não tenho a certeza de que as pessoas estão me entendendo. Aqui as pessoas têm a noção exata do que é um juiz e do que ele representa. Nunca fui questionada e minha autoridade sempre foi respeitada. Raríssimas vezes precisei pedir reforço policial. As pessoas não me param na rua, em lojas ou restaurante para falar sobre os processos, elas sabem respeitar a Ângela pessoa e a Ângela juíza. Eu m sinto tranquila aqui e tenho uma profunda admiração pela cidade. Eu me sinto acolhida e procuro estar presente nos eventos nos quais sou convidada. No Estado, há mais de 500 juízes e me sinto numa condição única: na condição de que meu trabalho é aprovado pela comunidade.
JDI - O que as pessoas podem esperar do trabalho do Fórum de Dois Irmãos em 2010. Quais são os seus planos para o novo ano?
Juíza Ângela -
Vou continuar exercendo meu trabalho da forma que sempre fiz, pensando em solucionar os problemas da melhor maneira possível. Neste tempo em que estou na Comarca, criei alguns projetos comunitários como o Conciliação-Família e o More Legal, entre outros. Também comecei uma luta para a construção do novo Fórum. Na semana passada, aliás, fiquei sabendo que a licitação já saiu. Agora já temos o terreno, a verba e a empresa que vai fazer. Falta apenas marcar o início da obra. De toda essa situação que vivi, também aprendi muito. Se não tivesse seguido em frente, nunca saberia desse retorno da comunidade. Com isso, estou me tornando uma pessoa mais aberta, menos resistente aos afetos. Não quero levar essa situação adiante, quero seguir sendo uma pessoa melhor e mantendo meu trabalho fiel como magistrada aqui na Comarca de Dois Irmãos.

Primeira morte do verão alerta para riscos de banho nos arroios de Dois Irmãos



Dois Irmãos registrou na última quarta-feira, dia 23, sua primeira vítima fatal por afogamento deste verão. Douglas Rafael Schuck, 20 anos, foi encontrado nas águas do Arroio Feitoria, no bairro Vila Becker, pelo Corpo de Bombeiros Comunitário.
O que era para ser uma tarde de alegria terminou em tragédia para a família do rapaz. Rafael estava acompanhado do pai e de um sobrinho de 9 anos. A família reside em Campo Bom e veio para Dois Irmãos na tarde de quarta-feira. Rafael havia entrado na água e em questão de minutos não foi mais visto. Pai e sobrinho se desesperaram e os bombeiros foram chamados por volta das 16h25. Depois de alguns minutos de busca, o corpo foi localizado e trazido às margens do arroio, nos fundos do ginásio da escola municipal Arno Nienow. O corpo foi removido ao Instituto Médico Legal (IML) de Novo Hamburgo pela Funerária Schaumloeffel.
A morte de Douglas trouxe à tona um velho problema que havia sido amenizado no verão passado, quando não foi registrada nenhuma morte por afogamento no município. Preocupados com a situação que estava se tornando alarmante, no ano passado o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil sinalizaram todos os locais de perigo, onde os banhos são proibidos.
Com o verão de temperaturas elevadas, a procura pelos arroios da cidade aumenta a cada final de semana. Isso pode ser percebido por quem circula pela cidade em sábados e domingos. Lugares com grande risco de afogamento estão lotados de jovens, adultos e até crianças menores de idade. Muitos não respeitam as placas com sinalização de “PERIGO”.
Ontem à tarde, por exemplo, dezenas de pessoas se banhavam no rio abaixo da ponte da Av. João Klauck, no bairro Moinho Velho. O lugar é perigoso e, em caso de afogamento, o acesso para resgate é difícil. Outros locais, como a Cascata São Miguel e o arroio junto à BR 116, perto da Herval, também estavam lotados.
A sargento do Corpo de Bombeiros, Deise Luciane Schulz, alerta para riscos de quem é imprudente e ainda insiste em entrar nas águas onde há sinalização de banho proibido.
- Em primeiro lugar, os banhistas precisam respeitar a sinalização, que na cidade foi feita ano passado. Outros cuidados importantes são: não entrar na água se não sabe nadar; procurar estar sempre acompanhado de pessoas que saibam nadar; procurar lugares onde haja salva-vidas ou guarda-vidas; não ingerir bebidas alcoólicas e não comer demais antes de entrar na água -, orienta ela, acrescentando que na semana passada os bombeiros estiveram em um balneário junto à BR 116 para combater a imprudência.
- Os vizinhos do local nos ligaram muito preocupados. Os banhistas estavam usando uma corda amarrada em uma árvore para se jogar dentro do rio. Fomos lá e cortamos a corda. Ao se jogar na água, o banhista pode bater a cabeça em uma pedra. As pessoas não podem se exceder. É preciso haver conscientização - alerta a sargento Deise.

Moradores reclamam da falta de recolhimento de lixo no feriado de Natal


Mais uma vez o recolhimento de lixo nas ruas de Dois Irmãos provoca reclamação dos moradores. Agora, a queixa é em relação à falta de recolhimento em alguns bairros durante o feriadão de Natal.
Na manhã desta segunda-feira, vários assinantes entraram em contato com a redação do Jornal Dois Irmãos indignados com a situação, que deve se repetir esta semana, com o feriado do dia 1º de janeiro.
Na última quarta, dia 23, a Secretaria de Serviços Urbanos e o Departamento de Meio Ambiente enviaram à redação um comunicado que foi publicado no jornal do mesmo dia, informando que não haveria recolhimento na sexta, dia 25, feriado de Natal.
Com isso, os moradores dos bairros Bela Vista, Portal da Serra, Picada 48, Primavera, Vale Verde e Vila Becker - onde o caminhão do lixo passa apenas em segundas, quartas e sextas - tiveram que acumular o lixo de quarta até hoje. Na manhã desta segunda, ainda era possível encontrar lixeiras e terrenos lotados, não somente com o lixo diário das casas, mas com embalagens de presentes, caixas, latas e outros produtos usados na preparação das festas de Natal.
Moradora do bairro Primavera, Cristiane Lehnen reclamou da falta de recolhimento. “Como o caminhão não passou no feriado do dia 25, achamos que passaria no sábado em nosso bairro também. Vários vizinhos, assim como nós, colocaram seus sacos de lixo para fora e nada do caminhão passar”, protesta ela.
Simone Heit mudou-se para o bairro Industrial há menos de duas semanas e também estranhou a falta de recolhimento do lixo na sexta-feira. “Com a mudança, usei várias caixas para transportar minhas coisas. Coloquei o lixo para fora de casa no início da semana passada, e até agora ele continua lá. O restante do lixo molhado estou guardando dentro de casa para evitar que atraia bichos”, comenta a moradora.

Problema deve se repetir esta semana
O mesmo problema enfrentado em alguns bairros deve se repetir esta semana. Na quinta-feira, dia 31, o recolhimento acontece normalmente, a partir das 7h15 até o término do serviço. Já na sexta-feira, dia 1º, não haverá recolhimento de lixo em nenhum ponto da cidade.
De acordo com o secretário de Serviços Urbanos, Marco Antônio da Silva Lima, é preciso haver compreensão da comunidade neste final de ano. “Natal e Réveillon são as únicas datas em que os garis têm folga. Nos demais dias do ano, eles trabalham faça chuva ou faça sol. Por isso, pedimos a colaboração dos moradores para que não coloquem o lixo para fora nestes dias”, diz ele.
Assim como ocorreu no Natal, nos bairros em que o recolhimento de lixo é em segundas, quartas e sextas, o caminhão passará a última vez nesta quarta-feira. Depois, só volta ao normal na segunda-feira, dia 4 de janeiro. Já na região central da cidade, haverá recolhimento sábado e domingo. “Tanto na quinta como no domingo (apenas na região central), teremos um caminhão extra para dar conta de todo o lixo. Este ano, os feriados de Natal e Réveillon caíram em uma sexta-feira, o que acontece, em média, a cada sete anos. A sexta-feira é um dos dias com mais lixo a ser recolhido. Mas, pedimos a compreensão da comunidade”, comenta Marcão, destacando que na quinta, dia 31, o recolhimento será a partir das 7h15 até terminar o serviço - só nos bairros onde o caminhão costuma passar em quintas. “Por isso, pedimos que as pessoas coloquem o lixo mais cedo para fora neste dia, pois os garis irão trabalhar até terminar o serviço”, completa o secretário.