Saúde Pública
Eliseu Rossa (PT) destacou que Dois Irmãos investe 23,16% na saúde e criticou o Governo do Estado que, segundo o vereador, investe só 3,75%.
- No ano que vem tem eleição, por isso temos que olhar com muito carinho em quem apostar - comentou ele.
Sérgio Fink (PSDB) concordou que era “muito oportuno” falar sobre aplicação de recursos e disparou:
- Vou solicitar ao Governo do Estado os valores gastos em saúde nos últimos 15 anos para ver se o déficit é histórico ou se é só agora. É bom lembrar que este governo (de Yeda Crusius) assumiu com um déficit público de 2 bilhões de reais e hoje está com todas as suas contas em dia e com todos os convênios normalizados.
Para o vereador Jerri Meneghetti (PP), saúde é questão de qualidade:
- Acho precipitado avaliar a saúde somente pelos investimentos. É preciso analisar o nível e qualidade do atendimento. Não podemos nos impressionar com os números - afirmou ele.
Tânia da Silva (PMDB) lembrou que o Estado nunca cumpriu com sua parcela obrigatória por Lei e que Dois Irmãos sempre investiu em saúde além dos 15% previstos na legislação.
A vereadora também criticou os valores gastos pela atual administração em RPAs, que correspondem aos recibos de pessoas autônomas (serviços terceirizados, como plantões médicos).
Sérgio Fink foi no embalo:
- Por motivos políticos, tiraram a Tânia do Postão 24h e hoje tem três pessoas fazendo o serviço dela. Estão gastando mal esses 23% na saúde, pois todos os dias chegam até nós queixas e mais queixas sobre o atendimento - disse ele.
O embate ganhou contorno ainda mais político-partidário quando Jair Quilin (PDT) disse que “Sérgio está nervoso porque saiu na Zero Hora que a governadora Yeda está com 63% de desaprovação”. O presidente rebateu:
- Parece que a campanha de 2010 já começou. Só esqueceram de dizer que esse governo está pagando as contas que outros não pagaram, inclusive do PDT e do PT. Se o governo estadual tivesse gasto 1% do que o governo federal já gastou em publicidade, talvez a imagem da governadora Yeda estivesse bem melhor.
Números da Secretaria
O secretário da Saúde, Márcio Slaviero, esteve na Câmara. Ele apresentou um balanço das atividades da secretaria nos últimos meses. Chamam atenção os números do Postão 24h. Do início do ano até agosto foram prestados 63.373 atendimentos na unidade de saúde. O recorde histórico foi registrado no mês de julho, com 9.922 atendimentos.
- Para se ter uma ideia do crescimento do número de atendimentos no Postão 24h, no ano passado, até agosto, foram 54 mil atendimentos - comentou Márcio.
O secretário também apresentou a planta baixa do posto de saúde que será construído no bairro São Miguel, com 148 metros quadrados. O início da obra está previsto para novembro. Sobre a nova emergência, Márcio informou que o município ainda aguarda uma resposta da Sociedade Educação e Caridade (SEC) sobre a proposta feita para adquirir o terreno nos fundos do hospital.
PURA PIMENTA
Sérgio Fink (PSDB)
“Hoje se justifica muita coisa na atual administração e só se critica as administrações passadas. Mas o que mais causa estranheza, é que na sessão solene foram só elogios. Para criticar alguma obra, antes é preciso fazer para ter como comparar. O prefeito Miguel disse que por causa da queda na arrecadação será preciso conter obras que ainda não aconteceram. Aí eu não entendo mais nada...”
Paulinho Quadri (PMDB)
“Fiz uma emenda de 187 mil para a compra de um ônibus escolar. Quero saber onde está o ônibus? Queriam endividar o município, mas nós não deixamos. Demos o dinheiro e onde está o ônibus? Ou estão mentindo para nós ou sei lá o que...”
“No balancete até agosto, vemos que a atual administração já gastou 25 mil reais em diárias, enquanto que no governo passado foram apenas 12 mil. Vejo aqui até uma viagem para o exterior, onde foram gastos 2.700 reais só em passagens, sem contar as diárias. Queremos saber quem viajou, para onde e o que trouxe para o município. A administração também já gastou 214 mil em material de distribuição gratuita e 87 mil em serviços gráficos”.
“Façam obras e depois venham reclamar. O asfalto tem 5 anos de garantia. Se não está bom, chamem a empresa. Que eu saiba foi o prefeito Miguel que pagou a última parcela, portanto, deveria fiscalizar. Empurrar o pepino no governo anterior é fácil; mostrar competência que é difícil”.
Jair Quilin (PDT)
“Estamos há 9 meses remendando as cagadas e burradas que foram feitas nos últimos anos. O governo anterior gastou 5 milhões de reais em 5 meses fazendo pintura de asfalto”.
Tânia da Silva (PMDB)
“Como vamos comparar obras se elas não existem até agora?”
Antônio Renz (PDT)
“Com certeza os 25 mil das diárias significam bem menos do que foi gasto em capeamento asfáltico mal feito”.