sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sessão quente no Morro

Situação e oposição “trocam farpas” sobre as últimas administrações e acirram debate político no município



A fogueira das vaidades esquentou o debate político na Câmara de Vereadores de Morro Reuter. Na sessão desta terça-feira, situação e oposição trataram de puxar a brasa cada um para o seu assado, e o que sobrou foi muita fumaça no ar. Enquanto os vereadores do PMDB eram só elogios para a atual administração, PDT e PTB criticaram a falta de grandes obras até agora.
O primeiro ponto de discórdia foi a verba de 100 mil reais para equipar as escolas, que veio através de emenda do deputado federal Eliseu Padilha (PMDB). O vereador Romeo Schneider (PDT) elogiou a conquista e parabenizou a ex-prefeita Elaine Capeletti por ter encaminhado o pedido, lembrando que a aprovação do recurso ocorreu em 2008. Já o líder do PMDB, Wanderlei Behling, o Pitcha, atribuiu a verba ao atual prefeito Adair Bohn, que na época era o vice de Elaine.
- Quero salientar que esta verba foi uma conquista única e exclusiva do secretário Guido Giehl e do então vice-prefeito Adair Bohn, fruto das boas relações com os deputados - afirmou.
Juliana Zimmer (PTB) contestou:
- Quer dizer que para as coisas boas era o vice-prefeito, mas quando ele precisava se impor, isso não acontecia.
A vereadora também criticou as declarações que o prefeito tem dado a respeito da queda na arrecadação:
- O prefeito lamenta a queda na arrecadação, mas aí fica um questionamento: que medidas estão sendo tomadas em relação a isso? No início do ano, alguns colegas diziam que Morro Reuter tinha virado um canteiro de obras, mas que canteiro é esse? Que obras são essas? - questionou Juliana.
João Bosco Staudt (PMDB) tratou de rebater a vereadora:
- O nosso prefeito trabalha com os pés no chão, e Morro Reuter realmente está virada num canteiro de obras. Nenhuma administração fez em nove meses o que esta administração já fez.
Romeo voltou à tribuna:
- A queda na arrecadação preocupa, mas o ano não terminou e ainda temos que mostrar muito serviço. Não é porque houve essa queda que temos de fechar as torneiras. Aliás, é preciso dizer que algumas coisas não são “canteiro de obras”, mas coisas básicas que qualquer administração tem que fazer - disse.
O vereador do PDT disse ainda que estão faltando “grandes obras”:
- Grande obra, por exemplo, seria ter uma política de redução de gastos, tirando os CCs (cargos de confiança) e FGs (funções gratificadas) que aumentaram muito. O próprio prefeito disse que está cortando exageros - alfinetou.
Pitcha rebateu:
- Muitos exageros que o prefeito está cortando foram deixados pelas administrações anteriores - comentou.
Juliana voltou à discussão:
- Fazer apenas manutenção do que já existe não pode ser considerado grande obra. Em fevereiro, um vereador elogiou a secretária e o prefeito porque tiveram a grande visão de colocar um bebedouro numa escola. Isso é uma grande obra? Se nos nove meses que passaram não vimos obras e também não há projeção para isso, o que será do nosso município? - disparou ela.
João Bosco não gostou:
- Acho que a dificuldade de visão dela é grande... Depois de 17 anos, a atual administração fez o acostamento na BR 116, ampliou a escola de Picada São Paulo, vai concluir o calçamento de São José, entre outras coisas, e a senhora vê apenas um bebedouro - respondeu.
Por fim, Juliana disse que a aquisição de um bebedouro não poderia ser louvada como uma “atitude heróica”.

12ª Olimpíada Escolar mobiliza 4 mil alunos


Desde o dia 1º, os alunos das três redes de ensino estão disputando o maior evento esportivo de Dois Irmãos. A 12ª Olimpíada Escolar, que encerra no dia 7 de novembro, irá mobilizar 4 mil atletas.
Na tarde de terça-feira foram feitas as primeiras premiações. A escola estadual Affonso Wolf levou para casa as duas primeiras medalhas de ouro no voleibol infantil. Quarta a disputa foi no handebol. Durante toda a olimpíada serão disputados 398 jogos, além do atletismo, xadrez e ping-pong. Diferente de anos anteriores, será vencedora a escola que mais conquistar medalhas de ouro, prata e bronze. Não haverá pontuação. O chefe do Departamento de Desporto, Astério Mombach, diz que a mudança é uma forma de chegar mais perto da competição oficial. “Se no final houver empate no número de medalhas, o critério de desempate será quem ganhou mais medalhas de ouro”, explica.