sexta-feira, 29 de maio de 2009

Homem é morto a tiros por colega de trabalho


Um homicídio chocou a comunidade do bairro Portal da Serra no início da tarde desta quinta-feira.
Cláudio Lima de Melo, 26 anos, foi morto com pelo menos cinco tiros à queima-roupa, por volta das 13h15, na Rua Arvelino Becker. A execução foi em frente à residência de Iraci Knorst e Pedro Führ, que presenciaram o crime.
O principal suspeito do assassinato, segundo a Brigada Militar, é um colega de trabalho de Cláudio. O que se sabe até o momento é que a morte pode ter sido motivada por uma briga. Os dois teriam se desentendido depois do almoço, em frente à Maciel Centro Automotivo, na Av. João Klauck, onde trabalham. “Ninguém sabe o motivo da discussão, mas acreditamos que eles já tinham rixa fora daqui, antes de vir trabalhar com a gente”, comentou o dono do estabelecimento.
Na discussão, Cláudio teria quebrado os vidros do carro do colega. Em seguida, saiu da empresa e foi para casa, no bairro Portal da Serra. Este colega, então, teria seguido Cláudio no seu carro, o Palio branco IFN-2372, e, ao encontrá-lo, o executou com pelo menos cinco tiros.


TESTEMUNHAS
Bastante nervosa e chorando muito, dona Iraci conta que estava na cozinha quando escutou um disparo e um rapaz gritando por socorro. Seu marido, que estava na área da frente, também gritou por ela. “Eu nunca queria ter passado por isso. Quando escutei os gritos, saí correndo para a área. O cara já tinha acertado um tiro na vítima de dentro do carro. Quando cheguei, ele desceu do carro e acertou o tiro fatal na cabeça dele”, contou ela, que ficou com medo de também ser morta. “Lembro que falei para ele não atirar, daí peguei meu marido e entramos em casa. Não queria ser morta. Nisso, ainda consegui ver o assassino abrindo o porta-malas do carro e fechando, não sei se colocou ou tirou algo lá de dentro. Corri para dentro de casa”, diz Iraci, que assim que ele foi embora acionou a Brigada Militar. Com o corpo tapado por jornais e um pano branco, os policiais cercaram a cena do crime até chegada da perícia. A marca de tiro mais visível era no rosto, local do segundo disparo. O primeiro provavelmente foi nas costas. A BM ainda não havia localizado o acusado.


FAMÍLIA
O primeiro familiar a chegar no local foi o cunhado de Cláudio, Adelar Barbosa. “Fui avisado por um amigo que passou aqui e reconheceu o corpo do meu cunhado”, comentou o cunhado. Cláudio tinha um filho do primeiro casamento. Atualmente, morava com a companheira Rosane no Portal da Serra. “Ele era um jovem trabalhador. Eu não sabia de nenhum inimigo. Como pode alguém fazer isso com uma pessoa, com essa frieza?”, afirmou Adelar.