Um homicídio chocou a comunidade do bairro Portal da Serra no início da tarde desta quinta-feira.
Cláudio Lima de Melo, 26 anos, foi morto com pelo menos cinco tiros à queima-roupa, por volta das 13h15, na Rua Arvelino Becker. A execução foi em frente à residência de Iraci Knorst e Pedro Führ, que presenciaram o crime.
O principal suspeito do assassinato, segundo a Brigada Militar, é um colega de trabalho de Cláudio. O que se sabe até o momento é que a morte pode ter sido motivada por uma briga. Os dois teriam se desentendido depois do almoço, em frente à Maciel Centro Automotivo, na Av. João Klauck, onde trabalham. “Ninguém sabe o motivo da discussão, mas acreditamos que eles já tinham rixa fora daqui, antes de vir trabalhar com a gente”, comentou o dono do estabelecimento.
Na discussão, Cláudio teria quebrado os vidros do carro do colega. Em seguida, saiu da empresa e foi para casa, no bairro Portal da Serra. Este colega, então, teria seguido Cláudio no seu carro, o Palio branco IFN-2372, e, ao encontrá-lo, o executou com pelo menos cinco tiros.
TESTEMUNHAS
Bastante nervosa e chorando muito, dona Iraci conta que estava na cozinha quando escutou um disparo e um rapaz gritando por socorro. Seu marido, que estava na área da frente, também gritou por ela. “Eu nunca queria ter passado por isso. Quando escutei os gritos, saí correndo para a área. O cara já tinha acertado um tiro na vítima de dentro do carro. Quando cheguei, ele desceu do carro e acertou o tiro fatal na cabeça dele”, contou ela, que ficou com medo de também ser morta. “Lembro que falei para ele não atirar, daí peguei meu marido e entramos em casa. Não queria ser morta. Nisso, ainda consegui ver o assassino abrindo o porta-malas do carro e fechando, não sei se colocou ou tirou algo lá de dentro. Corri para dentro de casa”, diz Iraci, que assim que ele foi embora acionou a Brigada Militar. Com o corpo tapado por jornais e um pano branco, os policiais cercaram a cena do crime até chegada da perícia. A marca de tiro mais visível era no rosto, local do segundo disparo. O primeiro provavelmente foi nas costas. A BM ainda não havia localizado o acusado.
FAMÍLIA
O primeiro familiar a chegar no local foi o cunhado de Cláudio, Adelar Barbosa. “Fui avisado por um amigo que passou aqui e reconheceu o corpo do meu cunhado”, comentou o cunhado. Cláudio tinha um filho do primeiro casamento. Atualmente, morava com a companheira Rosane no Portal da Serra. “Ele era um jovem trabalhador. Eu não sabia de nenhum inimigo. Como pode alguém fazer isso com uma pessoa, com essa frieza?”, afirmou Adelar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário