quarta-feira, 15 de julho de 2009

Entidades cobram Centro de Cultura


É unânime: Dois Irmãos precisa de um Centro de Cultura. Essa é a principal reivindicação dos grupos que participaram nesta segunda-feira de um debate sobre a cultura na Câmara de Vereadores. O encontro reuniu representantes de 14 entidades culturais.
A reunião pode ser considerada um primeiro passo na direção de formar uma Fundação Cultural em Dois Irmãos. A iniciativa do debate público, promovido pela Câmara, foi muito elogiada.
- Fico feliz que depois de tantos anos está se debatendo a cultura no município. Não podemos sair daqui hoje sem formar o Conselho Municipal de Cultura - comentou Betinho Klein, do grupo Curto Arte, lembrando que o Centro de Cultura é uma reivindicação antiga:
- Discordo da administração que diz que só estamos cobrando isso agora. Eu já cobro um Centro de Cultura há 15 anos - afirmou Betinho.
O presidente Sérgio Fink (PSDB) retomou a questão do prédio da Câmara. Ele lembrou que a ideia era construir um espaço multiuso, que também seria aproveitado para eventos culturais da cidade.
- Fui boicotado... Tentaram me jogar contra a comunidade, dizendo que haviam outras prioridades, mas esqueceram que a cultura também é uma prioridade - declarou Sérgio, referindo-se à oposição do prefeito Miguel Schwengber em relação a obra.
As entidades destacaram a importância do incentivo às diversas formas de cultura e lembraram que todo o trabalho é feito de forma voluntária, com os integrantes tirando dinheiro do próprio bolso.
- Hoje temos mais de duas mil crianças envolvidas com o xadrez em Dois Irmãos. Precisamos de uma Fundação Cultural e de um espaço adequado - comentou Leonel Dornelles, da Associação Cultural e Esportiva Dois-Irmonense de Xadrez (ACEDIX).
Para Querino Klauck, regente do Coral Santa Cecília, a cultura deve ser incentivada desde cedo.
- As pessoas mais antigas ainda cantam porque antigamente não existia rádio nem televisão. Nova Petrópolis, por exemplo, que implantou a música no currículo escolar, hoje tem 76 corais e uma série de bandinhas. Isso é cultura! - disse Querino, que preside a Liga Cultural de Cantores, com sede em Nova Petrópolis.


O que disse o chefe da Cultura
Léo Büttenbender, chefe do Departamento Municipal de Cultura, disse que é preciso “ter calma” em relação à criação de uma Fundação Cultural.
- Se em 20 anos não foi feito, hoje não podemos criar sem antes fazer um seminário para debater o assunto. Hoje existem mais de 50 grupos culturais em Dois Irmãos, e podemos ver que aqui temos uma minoria. Vamos estudar o assunto com calma - afirmou Léo.

O que disseram os vereadores
A oposição não gostou muito das declarações:
- Se aqui está a minoria, é porque o espaço é pequeno mesmo. Além disso, ligamos para a prefeitura e o número de entidades que nos foi passado era inferior a 20. Se a gente soubesse, poderia ter convidado muito mais gente - comentou o presidente Sérgio Fink.
Tânia da Silva (PMDB) esperava “maior firmeza”:
- No meu ponto de vista, o Léo deixou a desejar. Não senti firmeza nele sobre o Centro de Cultura e nem sobre a criação do Conselho Municipal. Tomara que os vereadores consigam sensibilizar o prefeito - declarou ela.

QUEM PARTICIPOU
ACTG Portal da Serra

Representante: Ademir Nogueira
Jair Aguiar e Grupo
Representante: Jair Aguiar
Clube Reviver
Representante: Leonida Backes
Coral São João Batista (Travessão) e Coral Nossa Senhora do Rosário (Portal da Serra)
Representante: Leonardo Weber
Associação Cultural e Esportiva Dois-Irmonense de Xadrez (ACEDIX)
Representante: Leonel Dornelles
Grupo de Canto É Preciso Saber Viver
Representante: Maria Helena Kolling Berwian
Baumschneis Volktanzgruppe
Representante: Rômulo Keller
Grupo Folclórico Sonnenblume
Representante: Aline Fenner
Clube de Carros Antigos de Dois Irmãos
Representante: Róbson da Silva
Associação dos Funcionários da Herval
Representante: Cristiane Lauer
Grupo Liebe zum Tanz
Representante: Fabiano Linck
Coral Santa Cecília
Representante: Querino Klauck
Associação dos Amigos do Patrimônio Histórico e Cultural de Dois Irmãos
Representante: César Müller
Grupo Curto Arte
Representante: Betinho Klein

Clima volta a esquentar na Câmara

Apesar do frio na noite de segunda, o clima voltou a esquentar na Câmara de Vereadores. A situação reclamou de projetos que estão na Comissão de Pareceres e não foram à votação. A oposição rebateu e houve troca de alfinetadas. Nem os governos estadual e federal escaparam da polêmica.
O líder de governo, Jair Quilin (PDT), reclamou que a demora na votação pode atrapalhar a vinda de recursos para o município. Ele citou o caso dos projetos 105 (88 mil reais para compra de merenda escolar) e 110/2009 (187 mil reais para compra de um veículo para transporte escolar).
- Peço que a comissão comece a ler as justificativas. Talvez o Paulinho queira discutir mais - ironizou.
Sérgio Fink (PSDB) rebateu:
- Penso que até aprovamos alguns projetos com rapidez demais. Entendo também que a comissão precisa fazer uma análise detalhada dos projetos. Além disso, não tem tanta urgência assim, pois trata-se de uma possibilidade de recurso - afirmou ele.
O RONCADOR
O vereador Paulinho Quadri (PMDB) foi ainda mais incisivo ao criticar Jair:
- O Jair é uma boa alma, mas tem que montar um conjunto musical chamado “Roncador”. Ele vem aqui roncar na tribuna, mas teve 15 minutos para explicar os projetos e não fez. Ele é um mau líder de governo.
Como presidente da Comissão de Pareceres, ele declarou que faltam informações nos projetos:
- Os 187 mil para a compra de um ônibus não é um convênio, é financiamento. Precisamos saber qual é o juro, de quanto tempo será o financiamento... Precisamos analisar com calma - disse Paulinho.
Jerri Meneghetti (PP), que também faz parte da Comissão de Pareceres junto com Paulinho e Antônio Renz (PDT), concordou com Paulinho:
- Não podemos sair aprovando projetos a torto e a direito... Não vou ceder a pressão de nenhum lado, Temos que ler e analisar bem os projetos - afirmou.
SEM SENTIDO
Por fim, Sérgio declarou que a polêmica criada pela situação era desnecessária.
- Em nenhum momento a Câmara deixou de atender os pedidos do Executivo. Por isso, não tem sentido essa polêmica. A impressão é de que estão querendo empurrar tudo goela abaixo - disse o presidente.

PURA PIMENTA
A oposição voltou a mostrar preocupação com o aumento da folha de pagamento na nova administração.
Sérgio Fink (PSDB) destacou que Dois Irmãos ficou em 6º lugar no Estado e em 20º no país em gestão fiscal, com base nos números de 2007, quando a prefeitura ainda era administrada por PMDB e PP.
- A média no país com os gastos da folha ficaram em 44%. Dois Irmãos, agora, já está em 47,5%, e na semana passada entraram mais projetos para a contratação de mais pessoas. Isso é preocupante. Antes, eles diziam (referindo-se a PT e PDT) que era preciso colocar sinaleiras dentro da prefeitura. Agora, então, vão ter que construir viaduto, túnel e elevada - cutucou o presidente.
Paulinho Quadri (PMDB) foi no embalo e criticou o prefeito:
- Dois Irmãos é 20º no país em gestão fiscal e o Miguel (Schwengber) disse que esse resultado também é atribuído aos prefeitos anteriores. Como assim? Esses números são só dos prefeitos anteriores. Eles são de 2002 a 2007, não têm nada a ver com ele. Mas eu conheço o Miguel há oito anos aqui na Câmara e sei que ele age assim. A folha agora já está em 47%... Duvido que vão conseguir ficar em 20º - afirmou o vereador.
Antônio Renz (PDT) rebateu:
- Não adianta não gastar e não fazer quase nada. Esperem passar 4 anos para falar. Se vocês tivessem feito as coisas, não teriam levado a “lavada” que levaram nas eleições.
Eliseu Rossa (PT) também defendeu a administração municipal:
- É uma pena que o prefeito Miguel só tenha 2% de recurso livre. Se estamos colocando mais gente agora, quem sabe daqui dois anos vamos ter o resultado disso.
Tânia da Silva (PMDB) não perdoou os vereadores da situação:
- Não gosto dessa história de “lavada”. Se fizermos uma nova campanha eleitoral agora, vamos ver que muita gente já está arrependida do seu voto - disse a vereadora.

Três pessoas estão isoladas por suspeita de gripe A

O mundo começou a falar de Gripe Suína 3 ou 4 meses atrás. O vírus seria uma variação do influenza, que haveria sofrido mutação a partir de um vírus infectado em suínos, no México.
Com o debate e a imprensa dando grande cobertura o mundo entrou em alerta. Dois meses depois, a Organização Mundial da Saúde admitiu a pandemia, e a gripe estava espalhada pelo planeta.
Com efeitos bem mais fortes que a gripe comum, a Gripe Suína trocou de nome e passou a se chamar Gripe A, e os sintomas são febre acima de 38 graus, tosse, espirro e muita dor pelo corpo e articulações. Países como a Argentina, que têm um invejável sistema de saúde (que dá de 10 a 1 no do Brasil), foram imensamente afetados, com dezenas de mortos em algumas semanas. Outros países pelo mundo também sofreram e sofrem.
O Brasil se organizou. O Rio Grande do Sul também. A imprensa correu atrás de notícias e o governo tratou de se prevenir. Mas com os portos abertos era impossível escapar. E a Gripe A chegou ao país e ao estado gaúcho.
Em Dois Irmãos o sinal de alerta foi acionado em maio. De maio até domingo passado, cinco pessoas haviam sido colocadas sob observação. Uma delas era uma mulher adulta, moradora do bairro Primavera, que veio da Argentina e apresentava os sinais típicos: febre alta e muitas dores nas articulações. Ela foi colocada sob isolamento em sua residência (não saia nem recebia visitas) e fez o exame que se fazia até semana passada: escarro. Esse escarro era levado ao Laboratório Central do Estado e lá, em 7 dias, se fazia a análise do vírus. No caso dela, deu negativo. Como negativo haviam dado os 4 exames anteriores que haviam sido feitos.
No domingo passado um homem adulto procurou os médicos. Ele havia tido contato com uma pessoa que estava contagiada e que mora em Novo Hamburgo. Com os sinais de febre alta, dores e tosse, o corpo médico da secretaria de saúde de Dois Irmãos resolveu investigar o caso mais a fundo.

FAMÍLIA EM ISOLAMENTO
O homem e sua família (mulher e uma filha) foram colocados em isolamento residencial. Eles não fizeram o exame de catarro, pois desde a semana passada o Ministério da Saúde e o Centro Estadual de Vigilância em Saúde passaram a tratar casos de Gripe A com o mesmo procedimento da gripe “normal”.
Como a Gripe A é mais agressiva no tocante a febre, dor, tosse e catarro, a família ficará em casa, sem sair nem receber visitas, sendo monitorada. Eles estão com o telefone do Comitê de Controle da Influenza (recém criado em Dois Irmãos para monitorar casos suspeitos) e poderão chamar a qualquer hora.
Se os sintomas evoluírem nos três (ou em um deles) para, por exemplo, mais febre, mais calafrio, muita secreção, catarro, escarro ou perda de consciência, já existe leito no hospital São José à disposição, diz o secretário de saúde Márcio Slaviero. “E se for preciso hospital para caso de maior complexidade, o Governo do Estado disponibiliza hospitais como o Clínicas, que terão leito imediato”, afirma o secretário.
O curioso da Gripe A, que ainda não se sabe exatamente de onde veio, é que embora mais violenta no contágio ela tem efeitos mais brandos que a gripe comum. Na medida que ela for se espalhando, haverá a natural formação de anticorpos, que auxiliarão a combater essa mutação do vírus influenza. Enquanto isso, infelizmente foi confirmado hoje à tarde a segunda morte por gripe A no Rio Grande do Sul. (A.C.)

Primeiro as Damas é atração na quinta


Quinta-feira é dia de teatro em Dois Irmãos. O espetáculo Primeiro as Damas, trazido pela Curto Arte, será apresentado às 20h na Sociedade Santa Cecília.
Os atores Cris Pereira, 32 anos e Lucas Krug, 29, e o produtor Eduardo Holmes, o Bocão, 40, visitaram a redação do Jornal Dois Irmãos na manhã desta terça-feira.
O espetáculo Primeiro as Damas está em cartaz há quatro meses e já foi assistido por mais de 35 mil pessoas. Foram mais de 70 apresentações nas cidades de Novo Hamburgo, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, Caxias, Campo Bom, Farroupilha, Carlos Barbosa e São Marcos, além de cidades de Santa Catarina.
O formato do espetáculo é o stand up comedy (comédia de pé), estilo de humor que vem ganhando espaço no Brasil e no Rio Grande do Sul. Os atores e o produtor estão satisfeitos com o grande sucesso em tão pouco tempo de cartaz. “Já tínhamos vontade de trabalhar juntos. Criamos então o projeto e, como sempre dizemos, demos um tiro na lua que deu certo”, conta Lucas. O produtor Bocão destaca que Primeiro as Damas tem dois objetivos principais: agradar e divertir o público e ser reconhecido nacionalmente. “Sempre prezando pelo respeito, bom preço e qualidade de espetáculo”, comenta o produtor. Durante a peça, são interpretados seis diferentes personagens: Rodsom dos Anjos, Frederico Alberto, Jorge o Borracheiro, Seu Cucar, Claudiovaldo Nogueira e Gaudério Fagundes.
Um dos grandes impulsos, segundos os atores, para que o público conhecesse o trabalho, foi a gravação do DVD na sua estreia. Estes vídeos foram postados no site You Tube e já obtiveram a marca de 240 mil acessos. “A divulgação na internet foi muito grande, os acessos surpreenderam. Ainda não entendemos muito bem esse sucesso imediato”, comenta Lucas.
Cris Pereira salienta que o espetáculo tem outro diferencial. Todos que assistem querem saber quando o grupo retorna. “Primeiro as Damas não é para ser assistido em única sessão. Sempre que saímos de alguma cidade, as pessoas querem saber quando vamos voltar porque querem trazer amigos para assistir. Na primeira vez que nos apresentamos em Novo Hamburgo, por exemplo, fomos assistidos por 52 pessoas, no dia 28 de janeiro. Já no dia 3 de julho foram 722”, conta ele.