quarta-feira, 15 de julho de 2009

Três pessoas estão isoladas por suspeita de gripe A

O mundo começou a falar de Gripe Suína 3 ou 4 meses atrás. O vírus seria uma variação do influenza, que haveria sofrido mutação a partir de um vírus infectado em suínos, no México.
Com o debate e a imprensa dando grande cobertura o mundo entrou em alerta. Dois meses depois, a Organização Mundial da Saúde admitiu a pandemia, e a gripe estava espalhada pelo planeta.
Com efeitos bem mais fortes que a gripe comum, a Gripe Suína trocou de nome e passou a se chamar Gripe A, e os sintomas são febre acima de 38 graus, tosse, espirro e muita dor pelo corpo e articulações. Países como a Argentina, que têm um invejável sistema de saúde (que dá de 10 a 1 no do Brasil), foram imensamente afetados, com dezenas de mortos em algumas semanas. Outros países pelo mundo também sofreram e sofrem.
O Brasil se organizou. O Rio Grande do Sul também. A imprensa correu atrás de notícias e o governo tratou de se prevenir. Mas com os portos abertos era impossível escapar. E a Gripe A chegou ao país e ao estado gaúcho.
Em Dois Irmãos o sinal de alerta foi acionado em maio. De maio até domingo passado, cinco pessoas haviam sido colocadas sob observação. Uma delas era uma mulher adulta, moradora do bairro Primavera, que veio da Argentina e apresentava os sinais típicos: febre alta e muitas dores nas articulações. Ela foi colocada sob isolamento em sua residência (não saia nem recebia visitas) e fez o exame que se fazia até semana passada: escarro. Esse escarro era levado ao Laboratório Central do Estado e lá, em 7 dias, se fazia a análise do vírus. No caso dela, deu negativo. Como negativo haviam dado os 4 exames anteriores que haviam sido feitos.
No domingo passado um homem adulto procurou os médicos. Ele havia tido contato com uma pessoa que estava contagiada e que mora em Novo Hamburgo. Com os sinais de febre alta, dores e tosse, o corpo médico da secretaria de saúde de Dois Irmãos resolveu investigar o caso mais a fundo.

FAMÍLIA EM ISOLAMENTO
O homem e sua família (mulher e uma filha) foram colocados em isolamento residencial. Eles não fizeram o exame de catarro, pois desde a semana passada o Ministério da Saúde e o Centro Estadual de Vigilância em Saúde passaram a tratar casos de Gripe A com o mesmo procedimento da gripe “normal”.
Como a Gripe A é mais agressiva no tocante a febre, dor, tosse e catarro, a família ficará em casa, sem sair nem receber visitas, sendo monitorada. Eles estão com o telefone do Comitê de Controle da Influenza (recém criado em Dois Irmãos para monitorar casos suspeitos) e poderão chamar a qualquer hora.
Se os sintomas evoluírem nos três (ou em um deles) para, por exemplo, mais febre, mais calafrio, muita secreção, catarro, escarro ou perda de consciência, já existe leito no hospital São José à disposição, diz o secretário de saúde Márcio Slaviero. “E se for preciso hospital para caso de maior complexidade, o Governo do Estado disponibiliza hospitais como o Clínicas, que terão leito imediato”, afirma o secretário.
O curioso da Gripe A, que ainda não se sabe exatamente de onde veio, é que embora mais violenta no contágio ela tem efeitos mais brandos que a gripe comum. Na medida que ela for se espalhando, haverá a natural formação de anticorpos, que auxiliarão a combater essa mutação do vírus influenza. Enquanto isso, infelizmente foi confirmado hoje à tarde a segunda morte por gripe A no Rio Grande do Sul. (A.C.)

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