quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Secretário Sérgio põe a culpa na bandinha



Como é tradição em 29 de setembro, Dia de São Miguel, as celebrações nas comunidades religiosas acontecem no início da manhã e, logo após, uma bandinha típica conduz os fiéis até a Sociedade Santa Cecília para dançar a tradicional poloneise. Trata-se, sem dúvida, do maior símbolo do Kerb, que une católicos, evangélicos e luteranos.
Este ano, porém, não teve bandinha acompanhando as comunidades luterana e evangélica até o Centro da cidade, o que provocou revolta em muitos dois-irmonenses. “O pessoal esperou pela bandinha, que sempre dá um brilho especial. Fora da igreja, também estavam a Rainha da cidade e as Princesas. O pessoal reclamou bastante e o prefeito até pediu desculpas, dizendo que ia ver o que aconteceu”, comentou o pastor luterano Oscar Zimmermann.
O pastor Robson Neu, da Comunidade Evangélica, também afirma que os fiéis ficaram muito revoltados. “Fiz papel de bobo. Anunciei na igreja, no final do culto, que íamos nos unir à Comunidade Luterana e ir juntos, ao som da bandinha, até a Igreja Católica, e depois entrar na Santa Cecília. Como a banda não estava lá fora, ainda esperamos, achamos que iria vir”, comentou o pastor. Mas como a bandinha não veio, os fiéis seguiram em silêncio pela Av. São Miguel. E o clima que era para ser de festa, mais parecia de cortejo fúnebre.
TRADIÇÃO QUEBRADA
Segundo o pastor Robson, no caminho até o Centro o único assunto era a falta da bandinha. “Quebrou-se uma tradição. O pessoal ficou revoltado. Quando chegamos perto da Igreja Católica, vimos que a bandinha estava lá, e isso ficou muito chato. Todos perguntavam quem era responsável por contratar a banda. Se não sabiam como era anteriormente, deveriam ter perguntado. Muita gente convidou pessoas de outras cidades para participar dos cultos e da caminhada ao som da bandinha, uma tradição bonita”, lamentou o pastor.
Por fim, Robson disse que vai se reunir com o pastor Oscar para ver como será daqui em diante. “Se somos nós que temos de contratar a bandinha de agora em diante, vamos fazer, mas que isso seja comunicado”.

O QUE DIZ O SECRETÁRIO
O secretário de Turismo, Sérgio Fritzen, diz que houve um desencontro. “Houve o encaminhamento. As Princesas e a Rainha estavam esperando o culto terminar para acompanhar a caminhada. Eu estava na celebração da Comunidade Católica quando me ligaram pedindo pela bandinha. Eu disse: ‘ela está lá’. Mas não estava. Houve um desencontro. Eles foram avisados para estar às 9h aqui e depois disseram que entenderam que era 9h45, 10h”, justificou o secretário Sérgio.

O QUE DIZ A BANDINHA
Arlindo Muller, da Banda Caçula, disse que o grupo foi contratado para estar às 10h em frente à Igreja Matriz para conduzir os fiéis até a Sociedade Santa Cecília. “Estávamos lá às 10h, entramos na igreja e ainda cantamos o Grosser Goth. Depois levamos o público até a sociedade. Ainda tocamos meia hora a mais do que estava no contrato”, disse ele, explicando que a banda não foi solicitada para conduzir os fiéis das comunidades evangélica e luterana.

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