Por iniciativa do Poder Legislativo, nesta terça-feira foi realizada uma importante reunião para discutir os rumos da agricultura no município.
Produtores rurais lotaram a Câmara de Vereadores de Dois Irmãos, que também recebeu autoridades ligadas ao setor, como o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Pedro Joãozinho Becker; o presidente do Condap (Conselho de Desenvolvimento Agropecuário), Nilson Olbermann; e Heitor Menna Barreto, da Emater Dois Irmãos.
Dados da prefeitura, com base em levantamento feito junto ao Governo do Estado, mostram que a produção agrícola em Dois Irmãos passou de 910 mil em 2001 para 4 milhões e 500 mil em 2008. E a expectativa é de que feche 2009 ultrapassando os 5 milhões.
- Os números correspondem às transações financeiras e comerciais com base no bloco do produtor - explica o secretário municipal de Agricultura, Sérgio Fritzen. - A cada 1 milhão, o Estado devolve 25 mil ao município, e isso praticamente corresponde ao que o município está devolvendo ao produtor na forma de incentivo - acrescentou ele.
O presidente da Câmara, Sérgio Fink, disse que é preciso propor iniciativas para agregar valores a produção rural e também apresentou sugestões ao secretário Sérgio Fritzen, a partir de reclamações dos produtores.
- É necessária uma reavaliação do custo da hora/máquina, por exemplo, como forma de incentivo ao produtor. Outra coisa é o recadastramento das propriedades rurais, que deve ser feito de dois em dois anos. Não vejo necessidade disso, pois de dois em dois anos o produtor sempre acaba tendo que gastar com as certidões - comentou Sérgio Fink.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Pedro Joãozinho Becker, é preciso criar “um sistema para flexibilizar” a agroindústria. Ele rechaçou a ideia sobre investimentos na criação de frangos e suínos no município.
- São coisas grandes que nas nossas pequenas propriedades não vão funcionar. Dois Irmãos é um município atípico. Temos que pensar em programas pequenos, em que podemos inserir várias outras coisas dentro - comentou Pedro Joãozinho.
Depois da explanação das autoridades, foi aberto espaço para a manifestação dos produtores rurais. Houve um princípio de polêmica. O produtor de leite Amadeu Rossa reclamou da “falta de ajuda aos colonos” e criticou a declaração do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais a respeito da criação de frangos e suínos.
- Como temos a Emater e o sindicato que acham que nada dá, aí fica difícil. Não recebemos ajuda nenhuma. Quando começamos, disseram que em meio ano estaríamos quebrados, mas já estamos aí há 10 anos - disse.
Amadeu cobrou maior incentivo do Poder Público:
- Pagar 50 reais para a hora/máquina é muito para nós. Além disso, não temos uma patrulha agrícola, mas uma “bagunça agrícola”, pois as máquinas voltam sem serem limpas e sem engraxar - comentou o produtor.
O empreendedor José Luiz Wittmann, da Casa da Vovó, lamentou a falta de apoio ao turismo rural:
- Nas próximas diretrizes que forem traçadas, esperamos que o turismo rural seja contemplado. A Casa da Vovó às vezes dá maior retorno ao município e ao Estado do que a produção de alguns colonos - comentou ele, que dispõe de ampla área de lazer em meio a natureza, inclusive com criação de cavalos.
Por fim, o presidente Sérgio Fink voltou a destacar o interesse da Câmara em resolver os problemas do município em conjunto com o Executivo. A reunião foi um primeiro passo no sentido de buscar soluções para a agricultura familiar.
CÂMARA APROVA 6 PROJETOS
Cinco correspondem à liberação de mais de 1 milhão e 400 mil através da abertura de crédito nas contas da prefeitura municipal
Produtores rurais lotaram a Câmara de Vereadores de Dois Irmãos, que também recebeu autoridades ligadas ao setor, como o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Pedro Joãozinho Becker; o presidente do Condap (Conselho de Desenvolvimento Agropecuário), Nilson Olbermann; e Heitor Menna Barreto, da Emater Dois Irmãos.
Dados da prefeitura, com base em levantamento feito junto ao Governo do Estado, mostram que a produção agrícola em Dois Irmãos passou de 910 mil em 2001 para 4 milhões e 500 mil em 2008. E a expectativa é de que feche 2009 ultrapassando os 5 milhões.
- Os números correspondem às transações financeiras e comerciais com base no bloco do produtor - explica o secretário municipal de Agricultura, Sérgio Fritzen. - A cada 1 milhão, o Estado devolve 25 mil ao município, e isso praticamente corresponde ao que o município está devolvendo ao produtor na forma de incentivo - acrescentou ele.
O presidente da Câmara, Sérgio Fink, disse que é preciso propor iniciativas para agregar valores a produção rural e também apresentou sugestões ao secretário Sérgio Fritzen, a partir de reclamações dos produtores.
- É necessária uma reavaliação do custo da hora/máquina, por exemplo, como forma de incentivo ao produtor. Outra coisa é o recadastramento das propriedades rurais, que deve ser feito de dois em dois anos. Não vejo necessidade disso, pois de dois em dois anos o produtor sempre acaba tendo que gastar com as certidões - comentou Sérgio Fink.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Pedro Joãozinho Becker, é preciso criar “um sistema para flexibilizar” a agroindústria. Ele rechaçou a ideia sobre investimentos na criação de frangos e suínos no município.
- São coisas grandes que nas nossas pequenas propriedades não vão funcionar. Dois Irmãos é um município atípico. Temos que pensar em programas pequenos, em que podemos inserir várias outras coisas dentro - comentou Pedro Joãozinho.
Depois da explanação das autoridades, foi aberto espaço para a manifestação dos produtores rurais. Houve um princípio de polêmica. O produtor de leite Amadeu Rossa reclamou da “falta de ajuda aos colonos” e criticou a declaração do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais a respeito da criação de frangos e suínos.
- Como temos a Emater e o sindicato que acham que nada dá, aí fica difícil. Não recebemos ajuda nenhuma. Quando começamos, disseram que em meio ano estaríamos quebrados, mas já estamos aí há 10 anos - disse.
Amadeu cobrou maior incentivo do Poder Público:
- Pagar 50 reais para a hora/máquina é muito para nós. Além disso, não temos uma patrulha agrícola, mas uma “bagunça agrícola”, pois as máquinas voltam sem serem limpas e sem engraxar - comentou o produtor.
O empreendedor José Luiz Wittmann, da Casa da Vovó, lamentou a falta de apoio ao turismo rural:
- Nas próximas diretrizes que forem traçadas, esperamos que o turismo rural seja contemplado. A Casa da Vovó às vezes dá maior retorno ao município e ao Estado do que a produção de alguns colonos - comentou ele, que dispõe de ampla área de lazer em meio a natureza, inclusive com criação de cavalos.
Por fim, o presidente Sérgio Fink voltou a destacar o interesse da Câmara em resolver os problemas do município em conjunto com o Executivo. A reunião foi um primeiro passo no sentido de buscar soluções para a agricultura familiar.
CÂMARA APROVA 6 PROJETOS
Cinco correspondem à liberação de mais de 1 milhão e 400 mil através da abertura de crédito nas contas da prefeitura municipal
Foi uma noite produtiva na Câmara de Vereadores de Dois Irmãos. E de trégua entre situação e oposição. Na sessão desta terça, seis projetos encaminhados pelo Poder Executivo foram aprovados por unanimidade.
O calor ficou só no clima. Não houve debate nem troca de farpas. Até o líder de governo fugiu do tom habitual e adotou um discurso mais conciliador:
- Hoje vou para casa feliz porque o município pode andar. Quero agradecer de coração a todos os vereadores, que estão de parabéns. Sempre que tiverem problemas, vamos discutir em conjunto - disse Jair Quilin (PDT).
O presidente da Comissão de Pareceres, no entanto, preferiu deixar os agradecimentos de lado:
- Não precisa agradecer, pois nós da Comissão de Pareceres sabemos a hora de liberar os projetos para votação. Nunca trancamos nada. A comissão sabe da sua responsabilidade - respondeu Paulinho Quadri (PMDB).
O vereador peemedebista citou o caso do projeto de Lei 140/2009, que autoriza a filiação do município à Associação de Desenvolvimento Tecnológico do Vale - Valetec. O documento está na Comissão de Pareceres desde o dia 14 de setembro e agora deve ser retirado da pauta pelo Poder Executivo, segundo líder de governo.
- Vamos beirar os 50 dias e agora o Executivo vem dizer que vai retirar “porque estão segurando demais”. Na verdade, estão retirando porque nós não deixamos votar, pois esse projeto representa prejuízo para o município.
ESTRADA SAPIRANGA
Dos seis projetos aprovados ontem, cinco correspondem à liberação de mais de 1 milhão e 400 mil reais através da abertura de crédito nas contas da prefeitura.
O documento de maior vulto é o 160/2009, que autoriza o Poder Executivo Municipal a abrir crédito especial no valor de R$ 1.346.858,38 para a pavimentação asfáltica no trecho dois-irmonense da Estrada Dois Irmãos/Sapiranga. Deste total, 1 milhão corresponde ao recurso do Ministério da Integração Nacional, cuja primeira parcela de R$ 319.575,17 já está nos cofres da prefeitura. Os outros R$ 346.858,38 correspondem à contrapartida do município, que sairá da rubrica destinada para abertura, ampliação e conservação de estradas municipais.
Vale destacar que a verba federal foi conquistada através de uma emenda do deputado Renato Molling (PP). No final da sessão, o presidente Sérgio Fink (PSDB) fez questão de destacar o trabalho do parlamentar gaúcho e, principalmente, dos vereadores Jerri Meneghetti e Eliane Becker (PP), que, de acordo com Sérgio, “desde o começo do mandato se empenharam pela liberação da verba”.
Dos seis projetos aprovados ontem, cinco correspondem à liberação de mais de 1 milhão e 400 mil reais através da abertura de crédito nas contas da prefeitura.
O documento de maior vulto é o 160/2009, que autoriza o Poder Executivo Municipal a abrir crédito especial no valor de R$ 1.346.858,38 para a pavimentação asfáltica no trecho dois-irmonense da Estrada Dois Irmãos/Sapiranga. Deste total, 1 milhão corresponde ao recurso do Ministério da Integração Nacional, cuja primeira parcela de R$ 319.575,17 já está nos cofres da prefeitura. Os outros R$ 346.858,38 correspondem à contrapartida do município, que sairá da rubrica destinada para abertura, ampliação e conservação de estradas municipais.
Vale destacar que a verba federal foi conquistada através de uma emenda do deputado Renato Molling (PP). No final da sessão, o presidente Sérgio Fink (PSDB) fez questão de destacar o trabalho do parlamentar gaúcho e, principalmente, dos vereadores Jerri Meneghetti e Eliane Becker (PP), que, de acordo com Sérgio, “desde o começo do mandato se empenharam pela liberação da verba”.
PROJETOS APROVADOS
Os demais projetos aprovados por unanimidade nesta segunda-feira foram os seguintes:
148/2009 - Autoriza o Poder Executivo Municipal a abrir crédito suplementar no valor de 37 mil reais para a manutenção de atividades da Secretaria de Educação (13 mil e 800), do Museu Municipal (18 mil) e do Departamento Municipal de Desporto (5 mil e 200).
155/2009 - Prorroga por mais 180 dias a gratificação temporária para o exercício da atividade de recolhimento de lixo no valor de 120 reais/mês.
156/2009 - Autoriza o Poder Executivo Municipal a abrir crédito suplementar no valor de 12 mil reais para o pagamento de estagiários e vale-transporte dos servidores no âmbito da Secretaria de Educação.
159/2009 - Autoriza o Poder Executivo Municipal a abrir crédito especial no valor de R$ 77.019,16 para manutenção dos serviços de saúde.
160/2009 - Autoriza o Poder Executivo Municipal a abrir crédito especial no valor de R$ 9.473,63 para regularizar a situação da obra na Praça do Imigrante e, desta forma, o município requerer o restante do financiamento no valor de aproximadamente 40 mil.
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