O Conselho de Segurança de Dois Irmãos promoveu na quarta-feira, na sede do JDI, uma reunião para discutir os últimos arrombamentos no comércio local. Para o encontro, foi convidado o delegado regional Mauro Vasconcellos e o delegado Ernesto Clasen, que responde por Dois Irmãos.
Uma questão polêmica levantada pelos comerciantes foi a liberação dos três rapazes - dois menores e um maior de idade - que foram detidos depois de furtar a Kinei Calçados no último domingo. neste caso específico, o delegado Mauro destacou a importância de colher provas para conseguir pedir a prisão do maior e a internação dos menores. “Para isso, pedimos imagens, que quem viu os suspeitos sirvam como testemunhas, precisamos de todas as provas possíveis. Com provas robustas, poderemos pedir a prisão do maior e a internação dos menores. No que depender da polícia, estes elementos não irão mais delinquir aqui”, comentou.
Uma questão polêmica levantada pelos comerciantes foi a liberação dos três rapazes - dois menores e um maior de idade - que foram detidos depois de furtar a Kinei Calçados no último domingo. neste caso específico, o delegado Mauro destacou a importância de colher provas para conseguir pedir a prisão do maior e a internação dos menores. “Para isso, pedimos imagens, que quem viu os suspeitos sirvam como testemunhas, precisamos de todas as provas possíveis. Com provas robustas, poderemos pedir a prisão do maior e a internação dos menores. No que depender da polícia, estes elementos não irão mais delinquir aqui”, comentou.
ARROMBAMENTOS
Luiza Scholles, da Instalcenter, contou que sua loja já foi vítima de arrombamento e reclamou que nestes crimes de menor proporção não há resposta imediata da polícia. “Quando se trata de assaltos e sequestros com violência, a gente vê no jornal quadrilhas sendo presas. Agora, quando se trata de arrombamentos, não temos uma resposta tão rápida. Será que a saída para nós é contratar seguranças particular, colocar grades e alarmes e rezar para não sermos vítimas dos ladrões?”, questionou ela.
Delegado Mauro - A Polícia Civil tem carência de efetivo há mais de 20 anos. Não temos efetivo para dar essa resposta imediata. Já estamos tentando amenizar o problema com concurso e as delegacias receberão reforço. Entendo a sua indignação, mas infelizmente temos uma realidade em que o investimento em segurança já faz parte do dia-a-dia.
Luiza Scholles, da Instalcenter, contou que sua loja já foi vítima de arrombamento e reclamou que nestes crimes de menor proporção não há resposta imediata da polícia. “Quando se trata de assaltos e sequestros com violência, a gente vê no jornal quadrilhas sendo presas. Agora, quando se trata de arrombamentos, não temos uma resposta tão rápida. Será que a saída para nós é contratar seguranças particular, colocar grades e alarmes e rezar para não sermos vítimas dos ladrões?”, questionou ela.
Delegado Mauro - A Polícia Civil tem carência de efetivo há mais de 20 anos. Não temos efetivo para dar essa resposta imediata. Já estamos tentando amenizar o problema com concurso e as delegacias receberão reforço. Entendo a sua indignação, mas infelizmente temos uma realidade em que o investimento em segurança já faz parte do dia-a-dia.
LEI FRACA
João Luiz Weber, membro da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), reclamou que as leis são fracas e questionou quem tem o poder de mudá-las. “Não aguentamos mais escutar ‘eu não fiz a lei, só cumpro ela’. A gente vê a Brigada e a Civil prendendo vagabundo para depois o juiz libertar eles. Estamos enjoados disso”.
Delegado Mauro - A Lei pode ser mudada pelo Poder Legislativo. Mas daí eu pergunto: Quem coloca esse bando de ladrão lá em cima? Somos nós. Então somos nós que podemos tirar essa quadrilha. O dinheiro que os políticos roubam era para estar sendo investido em mais escola, segurança e policiamento.
João Luiz Weber, membro da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), reclamou que as leis são fracas e questionou quem tem o poder de mudá-las. “Não aguentamos mais escutar ‘eu não fiz a lei, só cumpro ela’. A gente vê a Brigada e a Civil prendendo vagabundo para depois o juiz libertar eles. Estamos enjoados disso”.
Delegado Mauro - A Lei pode ser mudada pelo Poder Legislativo. Mas daí eu pergunto: Quem coloca esse bando de ladrão lá em cima? Somos nós. Então somos nós que podemos tirar essa quadrilha. O dinheiro que os políticos roubam era para estar sendo investido em mais escola, segurança e policiamento.
REINCIDÊNCIA DOS LADRÕES
Leandro Blauth, do Supermercado Dois Irmãos, relatou que há seis meses sua residência foi arrombada. “Descobri onde parte dos objetos estava. Chamei a Brigada Militar e fomos até lá. Havia um casal, eles foram algemados e levados para a DP. Chegando lá, o cara alegou que apenas tinha ido naquele lugar (sede campestre) fazer uma ‘festinha’ com a moça e que não sabia daqueles objetos. A polícia se obrigou a liberá-los, porém, tiveram que ajudar a colocar as coisas no meu carro. Nisso, o rapaz me disse que sabia onde estava o som que faltava. O meliante já está orientado de como agir ao ser pego”, comentou. Ademir Berlitz, da Berlitz Comércio e Serviços, acrescentou que na maioria dos casos publicados nos jornais os bandidos são reincidentes.
Delegado Mauro - O bandido já sabe como agir se for pego, assim como por a culpa em um menor. As estatísticas apontam que 70% dos bandidos são reincidentes. A maioria consegue benefício e sai do sistema prisional para praticar outro crime. O presídio está virando hotel, pois ele dá alimentação e dormitório - na situação que temos, mas dá - e de dia o preso sai e comete mais crimes. Essa é nossa realidade.
REAÇÃO DA VÍTIMA
Dora Hahn, da Ótica Hahn, lembrou que certa vez sofreu uma tentativa de roubo. “Estávamos trabalhando e um rapaz chegou. Ele iria nos roubar. Para ele não fugir com a mercadoria, me joguei em cima dele. Nisso, uma das minhas funcionárias gritou que ele era menor. Sem pensar, larguei e ele fugiu. Por saber que era menor, não consegui manter ele imobilizado e deixei fugir”.
Delegado Mauro - Temos que tomar cuidado com essas reações. O policial está preparado para reagir, mas vocês podem estar se colocando em um risco grave. Geralmente esses bandidos usam drogas e podem estar armados com arma ou faca. Sem contar a força, pois para imobilizar um ladrão você tem que ter certeza de que consegue segurá-lo. Se neste caso a senhora tivesse imobilizado ele, tinha que chamar a polícia para fazer o flagrante. Por ser menor, tentaríamos encaminhá-lo para internação junto ao Ministério Público.
PERÍCIA NAS LOJAS
Alessandro Neis, da Force Segurança, questionou o delegado regional sobre a perícia no local do crime. “Às vezes chegamos no local do delito e está visível a presença de digitais. A gente pode isolar o local?”
Delegado Mauro - Em todos arrombamentos deveria ser feita a perícia. Mas só existe um posto do IGP (Instituto Geral de Perícias) na região, em Novo Hamburgo, e a preferência são para casos mais graves. Mas se o local for isolado e a cena do crime preservada, é só chamar a Polícia Civil. Só nós podemos solicitar perícia. Se a cena for mexida, o perito não faz a perícia. A dificuldade para o comércio é que a loja tem que ficar fechada e o comerciante perde horas de serviço esperando a perícia.
UNIÃO DO COMÉRCIO
Marislane Dapper, da Casa Lori, comentou sobre a contratação de funcionários, que também pode se tornar um grande problema, e que o comércio precisa se unir contra o crime. “Precisamos ter cuidado ao contratar. Precisamos saber quem é a pessoa, de onde ela veio e o que pretende na cidade. Para isso, poderíamos solicitar os antecedentes. Temos uma pessoa que é observadora no comércio e há poucos dias passamos por uma situação onde um rapaz entrou em várias lojas. Era nítido que ele pretendia algo, pois entrava nas lojas, não pedia nada e ficava olhando para os cantos e para o teto. Como percebeu que estávamos cuidando, ele foi embora”.
Delegado Mauro - Isso do comércio se unir chamamos de policiamento comunitário e acho de fundamental importância. Todos podem ficar atentos e quando suspeitarem de algo liguem para a polícia. Quanto a pedir antecedente, qualquer comerciante pode pedir que não será considerado dano moral. A ficha de antecedente pode ser conseguida na delegacia ou no site da Justiça Federal.
ATENDIMENTO NA POLÍCIA
Terezinha Rückert, da loja Artepell, foi vítima de arrombamento no fim de semana. Além de dinheiro do caixa, os ladrões furtaram cheques. Ela reclamou do atendimento na DP. “Fui registrar ocorrência e levei o número dos cheques e da agência bancária para o policial. Ele me respondeu que isso não adiantava em nada, que eu não iria recuperar o cheque. Não fui com a intenção de conseguir o cheque, mas para ajudar, pois eles poderiam tentar passar o cheque”.
Delegado Mauro - Este foi um comentário infeliz de um policial despreparado, e já peço desculpas à senhora por isso. Temos um link com o SPC e o cheque roubado vai direto para o sistema. A senhora fez o certo, é preciso ir registrar tudo isso na delegacia.
PRISÃO DE TRAFICANTES
César Rausch, do Consepro, questionou o problema do crack em Dois Irmãos e a atuação da polícia sobre os traficantes. “Muito se fala e se conhece quem consume a droga na cidade. Se tem quem consome, tem quem vende. E não vemos ninguém preso”.
Delegado Ernesto Clasen - Na semana passada, nós cumprimos cinco mandados de busca e apreensão em casa de traficantes. Não conseguimos prender nenhum com a droga. O traficante não deixa a droga na casa dele, ele deixa em uma casa vizinha e só busca quando vende. É difícil pegar um traficante em flagrante. Nos cinco mandados, prendemos um, não por tráfico, mas por porte ilegal de arma. Ele tinha duas armas raspadas e foi autuado, porém, no mesmo dia, foi liberado pela juíza, que não homologou o flagrante. Ninguém nunca conseguiu pegar aquele elemento, daí quando conseguimos por outro crime, ele é liberado. Mas continuamos trabalhando para prender os traficantes.
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