quarta-feira, 10 de junho de 2009

Câmara discute dissídio do funcionalismo

O dissídio do funcionalismo público municipal dominou a pauta na sessão da Câmara de Vereadores, na segunda-feira. A informação, divulgada em primeira mão pelo Jornal Dois Irmãos, é de que o município pretende dar 8% de aumento (5,92 da reposição da inflação + 2,08 de aumento real) e um vale-refeição de 3 reais por dia (66 reais por mês) a partir de 2010.
A oposição não gostou de saber da notícia através da imprensa. Sérgio Fink (PSDB) reclamou que as informações que vêm da prefeitura são “desencontradas” e que os vereadores foram chamados para debater o assunto.
- Esta casa tem uma responsabilidade muito grande para não comprometer as finanças do município e também para não deixar o aumento aquém do desejado pelo funcionalismo. Afinal, somos nós que vamos dar o aval - disse ele.
Segundo a informação de Paulo Brachtvogel, chefe de gabinete do prefeito Miguel Schwengber, o projeto com a proposta de 8% deve ser encaminhado para a Câmara na sexta-feira e ir à votação na próxima segunda. O aumento vai constar no salário de junho, já que a folha de pagamento da prefeitura fecha no dia 25.
Paulinho Quadri (PMDB) achou estranho que antes da assembléia do Sindicato dos Servidores Públicos, realizada no início da noite de ontem, a notícia já havia saído no jornal.
- Será que fizeram os funcionários de bobos? - questionou o vereador do PMDB.
Paulinho também não gostou da declaração do chefe de gabinete, que disse que ele, como presidente da Comissão de Pareceres, teria um acordo com o prefeito Miguel para receber o projeto na próxima sexta-feira, dia 12.
- Mas que acordo? - bradou ele. - Não existe nada! Será que não dá para chamar os vereadores e os funcionários para discutir o assunto? Que negócio é esse? Já estão ditando as Leis... Não venham pressionar! Nós vamos votar quando achar que temos que votar - completou Paulinho.
Jair Quilin (PDT) disse que na gestão passada os vereadores e funcionários públicos nunca foram chamados para discutir o dissídio. Ele afirmou que a proposta de 8% não é definitiva, mas que mesmo assim já é maior que o reajuste dado pelos governos anteriores.

Dinheiro da Câmara vai ser usado
em posto de saúde no São Miguel

O dinheiro devolvido pela Câmara para a prefeitura será usado na construção do posto de saúde do bairro São Miguel. O projeto 079/2009, que autoriza o Executivo a fazer a obra com o recurso de R$ 250 mil, foi aprovado nesta segunda.
- Fico feliz que o Executivo tenha aceitado a indicação dos vereadores. Desde já também sugiro que a prefeitura pense em instalar um posto avançado da Brigada Militar junto ao novo posto - comentou o presidente Sérgio Fink (PSDB).
A unidade de saúde será construída numa área próxima ao Arroio Feitoria, onde inicialmente estava prevista a construção de praça de lazer. O projeto prevê 240 mil reais para as obras e instalações e 10 mil para a compra de equipamento e material permanente.
A verba de 250 mil reais pertencia ao Orçamento da Câmara e estava destinada à compra de um terreno para a construção do prédio da Poder Legislativo. O presidente Sérgio Fink, então, propôs devolver o dinheiro para a prefeitura fazer obras se área da garagem ao lado da atual Câmara fosse cedida pelo município. Depois de uma longa - e polêmica - negociação, Legislativo e Executivo chegaram a um acordo e, no último dia 21 de maio, Sérgio entregou o cheque de 250 mil reais ao prefeito Miguel Schwengber.
Portanto, a construção do posto de saúde no São Miguel será fruto de uma bela parceria entre os dois poderes.

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