Indústria calçadista terá 400 demissões nos próximos dias

Mais de 400 funcionários ligados à Henrich serão demitidos até a próxima semana. A informação é do Sindicato dos Sapateiros. As demissões já iniciaram na semana passada, porém, em número menor.
Segundo Romeo Schneider, presidente do Sindicato dos Sapateiros, julho e agosto estão sendo os meses mais difíceis do ano e a perspectiva de melhora é baixa. “Se a situação do dólar não mudar, a exportação vai piorar e o resultado será ainda novas demissões”, diz.
A indústria de calçados Henrich tinha até esta semana, segundo Romeo, 11 linhas de produção: cinco na matriz da BR 116, duas em Chapada e duas nas empresas Cevita e Capri, que funcionam no antigo prédio do Centro. O presidente informa que serão fechadas duas linhas da matriz, com cerca de 130 demitidos, e as duas da Capri, com mais 270 demissões.
Por enquanto, conforme Romeo, as demissões serão apenas da Henrich, mas ele acredita que em razão do fechamento destas linhas, ateliêres também reduzirão seu quadro de funcionários. “É inevitável, pois os pedidos diminuem. Outro problema é o que será desses 400 demitidos. Acredito que de 50 a 80 possam ser remanejados para outras empresas. Os demais terão que trabalhar em outra área ou, como a maioria faz, sair de Dois Irmãos e voltar para o interior, onde não precisam pagar aluguel. Entre os demitidos, estão funcionários mais antigos e de contrato”, informa o presidente.
As rescisões começaram na semana passada, quando foram feitas 20. Ontem foram mais 12 e amanhã, a partir das 9h, serão mais 35. Na terça e na quinta-feira da próxima semana, a partir das 8h, serão feitas as rescisões da grande maioria. “Começamos às 8h e seguimos até o último”, completa o presidente Romeo.