quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Nova operação tapa-buraco

Grupo do Turismo colocou até uma placa na lateral da VRS 873 para alertar os turistas



Sábado foi dia de mais uma operação tapa-buraco na VRS 873, em Morro Reuter. Vestindo a camiseta branca do Grupo de Turismo, donos de restaurantes e amigos largaram seus afazeres para fechar buracos.
O grupo não interrompeu o trânsito, apenas sinalizou o lugar e, com carrinho de mão, pá e terra, fez o que pôde. Na lateral da rodovia foi colocada uma faixa para receber os turistas: “Restaurantes acolhem turistas com operação tapa-buracos na VRS 873”.
- Em vez de estarmos nas panelas, estamos fechando os “panelões” da estrada - comenta Elton Wedig, proprietário do Restaurante Klaus Haus.
Para os moradores, a situação é inconcebível.
- O município não pode fazer nada. O Estado não tem recursos, e quem perde somos nós. Faltam apenas alguns metros - destaca Sônia Ornelas, do Gatil Alles.
Quem passava pelo local, oferecia ajuda. Foram os casos de Cláudio Trierweiler, dos Transportes Plátanos, e do mágico Eric Chartiot, entre outros.
As obras de asfalto no trecho que falta da VRS 873 estão paradas. Na semana passada, um grupo de operários ainda trabalhava na construção de canaletas e de um muro de contenção na lateral da via. Agora, o parque de máquinas está vazio. Os equipamentos foram recolhidos e ninguém tem informações a respeito da continuação da obra. A ação do tempo e o tráfego intenso de veículos deixa a situação ainda pior. É um buraco atrás do outro e os moradores se mobilizam do jeito que podem para amenizar os prejuízos.
O Grupo do Turismo, que já se reúne há dois anos, nunca pensou que teria de encarar a pá e o carrinho de mão para receber os turistas. Sônia lamenta:
- As pessoas adoram vir para cá, gostam, mas com toda essa buraqueira, muitos não se animam a voltar. Eles chegam ao restaurante e comentam que a estrada está muito ruim. Isso é lamentável - diz ela.
- Muitos turistas deixam de passar por aqui por causa da estrada. E eles não vêm só a Morro Reuter. O trecho liga Santa Maria do Herval e encurta o trajeto a Gramado. Motos já não passam mais. São clientes que estamos perdendo - concorda Paulo Alles, do El Paradiso.
- Antes tinha barro e poeira. Agora, é barro, poeira e buraco - conclui Heitor Wolf, do Restaurante Wolf.

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