Quatro homens armados e encapuzados fizeram uma família refém na noite deste domingo em Morro Reuter.
A quadrilha ficou cerca de uma hora dentro da residência, na rua Alberto Meurer. De acordo com informações do proprietário, que prefere não ser identificado, para conseguir entrar na casa os quatro bandidos escalaram as grades do muro, chegando a quebrar algumas pedras dos pilares. “Eu estava lavando um par de chinelos na lavanderia, que fica nos fundos da casa, quando fui surpreendido por um homem armado e encapuzado”, relata ele. Ao saber que na casa estavam, além do dono, a esposa, seu filho e a namorada, outros três entraram pela janela da cozinha. “Um deles fez minha esposa abrir a janela, e com a ajuda de uma escada que estava escorada, os três entraram”.
Depois de rendidos, os quatro foram colocados no sofá da sala e amarrados nos pés e nas mãos com fitas. “Um dos bandidos ficou nos vigiando e os outros três vasculharam todos os cômodos da casa. Eles pediam dinheiro e mais dinheiro. Eu só tinha 500 reais. Então eles começaram a pegar computador, televisão e outros objetos, colocando tudo dentro dos nossos dois carros (um Fiat Uno e um Ford Escort) que estavam dentro da garagem”, relata a vítima.
Quase uma hora depois da chegada dos bandidos, um alarme do depósito de cereais da família, que fica ao lado da residência, disparou, espantando a quadrilha. “Não sei como o alarme disparou. Mas isso fez eles se apressarem. Na sala, percebi que os bandidos tentavam sair com os veículos, mas aceleravam e não saíam do lugar. Foi quando abandonaram os carros e fugiram em direção desconhecida”, conta o proprietário da casa.
“Eles ameaçaram matar meu filho”
Os bandidos conseguiram fugir levando apenas quatro aparelhos de celular, 500 reais em dinheiro, cheques e alguns documentos pessoais da família.
Antes da fuga, a quadrilha ordenou que não chamassem a polícia, pois um bandido ainda estaria vigiando a casa. “Ele perguntou seu eu gostava do meu filho, e que se chamássemos a polícia, iriam matá-lo. Esperei uns 20 minutos e liguei para um amigo, que avisou a polícia”, comenta o proprietário, lembrando que durante a ação percebeu que um veículo estava rondando a casa. “A cada 15 ou 20 minutos, escutava um carro passando. Pelo barulho, parecia um Chevette”, recorda.
A Brigada Militar chegou a fazer buscas na região, mas nenhum suspeito foi localizado. O proprietário aproveitou para reclamar da falta de iluminação na rua Alberto Meurer. “Há quatro meses liguei para a prefeitura, mas até agora não colocaram postes de luz. Aqui é um escuridão”, reclama a vítima do assalto.
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