sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Jovens vivem expectativa de votar pela primeira vez



Na Affonso Wolf: Caroline, Jéssica e Magdalena


2010 é ano de eleição. No Brasil, o voto é obrigatório a partir dos 18 anos, mas em Dois Irmãos a galera a partir dos 16 já está com o título em mãos e espera ansiosa para exercer o direito de votar em quem vai governar o país e o Estado nos próximos quatro anos. Além de cumprir o papel de cidadãos, eles acompanham as propostas dos candidatos e fazem uma análise consciente antes de decidir o voto. Na escola estadual Affonso Wolf, as alunas Magdalena Leocádia Schneider, 17 anos, Caroline Mielke, 17, e Jéssica Barraca Pereira, 18, do 3º ano - turma 332, vão votar pela primeira vez nestas eleições. Para Magdalena, um voto pode fazer toda a diferença. “É interessante participar, fazer a nossa parte. E acho que um voto faz diferença. Não acompanho muito a política, porque não gosto, mas penso que o jovem tem de fazer sua parte e votar”, garante. Caroline poderia esperar mais um ano para fazer seu título, mas decidiu já participar do pleito agora. “Nós somos os adultos de amanhã, e com esse pensamento temos de escolher alguém que fará alguma coisa por nós. Não gosto muito de política, mas sei que é importante participar e vou votar consciente”, destaca a garota. Jéssica já tirou o título no ano passado e considera muito importante exercer seu direito. “Acompanho os candidatos, os partidos, e vejo que um lança propostas para prejudicar o outro. Mas tem coisas boas também, como a lei que determina que só podem concorrer candidatos com fixa limpa . Isso é muito certo. Assim vamos vendo quem é quem, a proposta de cada um, se tem fundamento ou não. É preciso prestar muita atenção nos candidatos e escolher bem”, comenta ela. Gustavo Spohr, 17 anos, estuda no 3º ano do Colégio Imaculada Conceição. Ele gosta de política desde pequeno e até já é filiado a um partido político na cidade. “Sempre gostei de política, de liderança, e acho que votando é uma maneira de a gente mudar, de renovar. Logo que abriu o cartório, pensei em fazer meu título de eleitor. Acompanho a política em Dois Irmãos, no Rio Grande do Sul e no Brasil. Antes de me filiar ao PP (Partido Progressista), procurei ver a ideologia de todos os partidos. Daí, logo disseram: ‘PT não!’ Mas por que não? Procurei saber tudo sobre o partido e sobre os demais, e no fim entrei no PP porque se encaixou mais no meu perfil”, comenta o jovem eleitor. Ele vai votar pela primeira vez nas eleições de outubro. “Analiso bem as propostas de todos os candidatos. Cada um tem a sua marca. Eu gosto disso”, diz Gustavo, que pretende seguir carreira na política. “Acho que a gente só consegue mudar a situação atual com a renovação. Na hora de escolher os candidatos, penso que em primeiro lugar temos de olhar para a nossa cidade. Ver quem é daqui, analisar bem as suas propostas, e se não forem de acordo, aí sim partir para outros. Porém, antes de tudo, olhar para a nossa gente. E outra coisa: um candidato que já recebeu o voto uma vez e não cumpriu as suas propostas de campanha, não merece uma segunda chance. Ele tem que mostrar trabalho naqueles anos que foi eleito”, conclui o rapaz.



No Imaculada: Gustavo, Pedro, Francini e Pámela


“Vou memorizar as propostas e cobrar depois”
Francini Gribeler, 17 anos, começou a pensar no título de eleitor em 2010. “Se eu não fizer minha parte, não posso reclamar depois. Acho que do jeito que está não está bom. Tem muita coisa que pode melhorar, e os jovens devem participar. Antes de votar, ainda vou pesquisar as propostas de todos os candidatos e vou memorizar elas para poder cobrar depois”, afirma.A jovem eleitora se mostra ligada na política. “Cada partido tem sua característica. Acompanhei as entrevistas dos candidatos a presidente no Jornal Nacional, e me decepcionei com todos. Mas ainda achei o Serra o menos pior”, diz ela, entre risos. “Eles desviam do assunto. A Dilma vive nas asas do Lula; é forte pelas coisas que ele fez, mas não consegue se destacar sozinha”.


“Votar em branco é o cúmulo”
Pâmela Perfeito, 16 anos, fez o título com 15. A influência na política vem da família. “Desde pequena acompanho meus pais em passeatas e sempre tive interesse em votar. Acho o cúmulo votar em branco. Cada um tem de fazer sua parte, até porque tem muita coisa que precisa melhorar, há muitos escândalos. Mas a política também tem o lado positivo, por isso temos que ajudar a escolher o que consideramos que seja o melhor para o nosso país”, diz ela.


“Com o voto, a gente escolhe nosso futuro”
Pedro Stein, 17 anos, fez o título agora. “Sempre acompanhei a política, desde pequeno. Minha família sempre esteve envolvida, meu tio (Juarez Stein) foi prefeito e concorreu nas últimas eleições, então a gente sempre está junto. E desde cedo comecei a gostar. Tanto que acompanho os candidatos pela TV, na internet, na revista Veja e nos jornais. O jovem tem que participar, fazer a sua parte na política. Mas tem também de se informar, estar por dentro das propostas dos candidatos. Com o voto nós escolhemos o nosso futuro”, garante Pedro, que também tem pretensão de futuramente seguir carreira política.

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