quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pichações revoltam moradores


Paredes de casas do Centro foram pichadas há duas semanas

Novas pichações têm tirado o sossego de moradores do Centro.

Há duas semanas, Nancy Pegoraro foi acordada no domingo, por vizinhos, para receber uma notícia que a deixaria indignada. Na madrugada do dia 14, vândalos picharam a frente de sua residência, na rua 21 de Abril. “Quando vi a parede comecei a chorar. Isso só pode ser coisa de gurizada que sai da boate e vem infernizar a vizinhança. Peguei uma vassoura, sabão e água sanitária para lavar a calçada, que ficou com um monte de tinta jogada. A parede não limpei ainda”, diz ela, que lamenta ninguém ter visto quem foram os vândalos. “Tínhamos que conseguir descobrir. Essas pessoas tinham que ser obrigadas a limpar e pintar a parede novamente. É uma falta de respeito ficar depredando o patrimônio dos outros”, desabafa a moradora. Uma quadra adiante, na mesma madrugada, também foi pichado o muro da residência de Mauri Lunardi, na travessa entre o Palco Móvel e a Av. 10 de Setembro. Ele também foi avisado do ato de vandalismo por vizinhos. Duas semanas depois, o sentimento ainda é de indignação e revolta. “Estou investindo todo meu dinheiro na minha casa, para deixar ela bonita. Fazia dois meses que tinha pintado; não acreditei quando vi o que fizeram. Antes de pintar o muro novamente, vou instalar uma ou duas câmeras na tentativa de intimidar esses vândalos, que devem fazer parte de uma gangue. Não adianta simplesmente pintar, pois tenho certeza que vão fazer de novo”, diz Mauri, pedindo que, se alguém viu algo, entre em contato com ele. “Essas coisas não podem passar impunes”, conclui.

Vândalo pode ter de reparar o dano e prestar serviço comunitário


Vandalismo revolta moradores, que são obrigados a limpar

 Não é de hoje que as pichações têm atormentado a cidade. Igrejas, fábricas e o comércio em geral já se tornaram alvos dos vândalos. Alguns casos, inclusive, já chegaram a ser registrados na polícia. A dúvida que fica entre moradores, é se caso for pego, o que pode acontecer com a pessoa que cometeu a pichação. “O ideal seria o vândalo vir aqui e limpar as paredes, ficar o dia esfregando para ver o que é bom”, disse a moradora Nancy. Enquanto a redação do JDI fazia a foto da parede pichada na travessa do Palco Móvel, um senhor gritou, indignado: “Precisamos descobrir quem são esses caras, eles merecem punição”, disse ele, continuando sua caminhada. Dois Irmãos não teve nenhum processo ainda de pichadores pegos em flagrante. Porém, a juíza da Comarca, Ângela Paps Dumerque, alerta que a pena nestes casos pode ser de reparação ao dano e serviço comunitário. “De pichações ainda não tive nenhum caso, mas de dano ao patrimônio público sim. Há dois anos, alguns rapazes precisaram prestar serviço comunitário em Novo Hamburgo (eles moravam neste município) por terem estragado a decoração do Natal dos Anjos”, contou a magistrada.

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