Prefeito Miguel vai articular com os municípios ações pela Rota Romântica |
Leia a seguir a entrevista que ele concedeu ao Jornal Dois Irmãos na útlima sexta-feira:
Qual foi o principal objetivo da viagem?
Prefeito Miguel - Foi um intercâmbio turístico, para ver o que a rota alemã tem consolidado e o que podemos trazer para a nossa. A Alemanha tem mais de uma centena de rotas turísticas, e essa, do Sul, serviu de base à nossa. Além disso, a visita também foi para valorizar a rota alemã que está comemorando 60 anos.
Qual a cidade mais interessante que visitou?
Prefeito Miguel - Rothenburg. É uma cidade medieval cercada por muralhas. Um lugar que valoriza sua história; a cidade está intacta, tudo muito preservado. Além desta, também gostei muito da cidade de Nördlingen, que tem 4.500 habitantes.
Quais as principais semelhanças e diferenças com Dois Irmãos que o senhor encontrou?
Prefeito Miguel - Na Alemanha tem cidades com mais de mil anos, e isso já é um diferencial favorável para eles. Muita coisa está sendo restaurada, reconstruída; estão anos luz à nossa frente em termos de patrimônio histórico e cultural. Nós temos problemas de infra-estrutura, lá ela está completa e estão refazendo o que já tem.Temos 30 anos de infra-estrutura por fazer; problemas de habitação que lá não existem. A população de lá não cresce há 30 anos. Nós recém migramos da pedra irregular para o bloco de concreto, e na Alemanha está tudo pronto. Lá não existe mais em nenhuma cidade fiação elétrica aérea, é tudo subterrâneo.
O que o senhor trouxe de benefícios concretos para o município?
Prefeito Miguel - Coube aos prefeitos da região algumas tarefas. Ao Tarcísio Zimmermann (de Novo Hamburgo), por exemplo, ficou a parte de buscar recursos junto aos ministérios e de colocar a rota como produto referencial, como um roteiro turístico. Já a mim cabe articular com os outros prefeitos para fazermos ações conjuntas, executar tarefas a curto, médio e longo prazo.
Quais tarefas?
Prefeito Miguel - O trabalho vai iniciar já na semana que vem com uma reunião entre presidente da Associação da Rota Romântica (Cláudio Weber) e os prefeitos que a integram. Aqui, em Dois Irmãos, eu vou fazer a minha parte e vou provocar os outros municípios da região para que também façam a sua, pois se for um trabalho isolado, a rota perde sentido. Nós vamos plantar uma árvore, que é a “Liquidamber”. Essa árvore, no outono, é parecida com a de Plátanos, mas tem nessa época uma coloração dourada e tem porte menor - estivemos justamente no outono lá na Alemanha. Ela vem para agregar. Será plantada ao longo da BR 116, entre as árvores de Plátanos.
Há outras ações previstas?
Prefeito Miguel - O símbolo da Rota Romântica será usado em todos os nossos folhetos. Vamos fazer uma sinalização turística e uma padronização dessa sinalização, com selo da rota - a sinalização da nossa Rota Colonial, por exemplo, já está em andamento. Também um inventário turístico, para saber quais são os pontos existentes e potenciais turísticos existentes e provocar isso também nos demais municípios. Temos de fazer a revisão do nosso Plano Diretor, que não foi feito sob a ótica do turismo, e faremos ações conjuntas com o Dnit, buscando apoio de entidades.
POLÊMICA DA VIAGEM
Miguel desconversa e diz que “não sabe o que aconteceu”
Antes de embarcar, o prefeito Miguel disse ao Jornal Dois Irmãos que a viagem seria com recursos próprios: “Não vou utilizar diárias, nem dinheiro do município para passagem”, afirmou na edição de 6 de outubro. Diárias ele realmente não usou, mas a passagem saiu dos cofres da prefeitura. Questionado sobre a polêmica que surgiu na Câmara, o prefeito desconversou, sem admitir o erro (ou a mentira). Veja o que ele disse:
O que o senhor tem a dizer sobre a polêmica da sua viagem?
Prefeito Miguel - Acho que os vereadores têm de estar preocupados com as coisas que interessam à cidade. Foi sem diárias... Isso não é tema de polêmica; seria se usasse mais as diárias. Vereadores que se preocupam com esse detalhe tão ínfimo, não têm mais com o que se preocupar. A cidade tem muita coisa a ser pensada. Em outras cidades que pegaram diárias, não teve problema algum. Isso me dá a impressão que eles não têm o que fazer.
Mas o senhor disse que não usaria dinheiro público nem para a passagem.
Prefeito Miguel - Sim...
O que aconteceu então?
Prefeito Miguel - Não sei. Foram mais de R$ 3.500 que paguei do meu bolso. O custo de estadia, almoços, qualquer água mineral... paguei tudo por minha conta.
Menos a passagem.
Prefeito Miguel - Usei só a passagem, que foi pouco mais de mil reais.
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