Alan Caldas
editor
Após sair do Chuí brasileiro, fomos em direção ao Uruguai, para passar na Alfândega e Aduana. Tenha paciência. Revise os documentos antes de chegar ali. O estacionamento do carro é ao lado. Descemos e, calmamente, falamos com o policial. Ele nos pediu os documentos, a Carteira de Identidade e o número da placa do veículo.
Feito isso, nos deu um documento para preencher, com letra de forma (maiúscula) e bem legível. Preenchemos e entregamos. Uns minutinhos se passaram e pude ver, pelo vidro, que eles estavam nos cadastrando. É o sistema de segurança, eles têm de saber quem entra e quem sai do Uruguai. Feito isso, nos devolveram o papel, avisando que “na volta” teremos de entregar ali, para darem “baixa” na sua saída/entrada no Uruguai. Nem pediram os documentos do carro. Foi fácil, fácil.
Já prontos para entrar no país, embarcamos no carro. Colocamos o cinto de segurança e arrancamos.
Mas não andamos mais do que dois ou três metros e já um policial nos parou. É para fazer a “revisão” dos documentos de quem entra e, agora sim, os documentos do carro. Carteira de motorista, de identidade do condutor e se o carro for de outrem, o documento assinado em Cartório autorizando a condução do veículo. Também pedem a Carta Verde, com a devida comprovação de pagamento.
Tudo isso analisado, e passados aqueles minutinhos tensos, porque na aduana os policiais podem ou não te deixar entrar, o policial me devolveu os documentos e disse:
- Que se vá bien!
E seguimos em frente, pegando a Ruta 9, a estrada (aliás, maravilhosamente bem cuidada) que leva em direção a capital, Montevidéu.
A estrada é uma maravilha. Dos dois lados, campos espetaculares, onde se vê (mais raramente) uma granja, sendo a maioria para criação de gado. O Uruguai é famoso pelo gado de corte, e também pelo de leite, com o qual produzem o saboroso dulce de leche.
Algumas nuvens no céu, agora nublado, deixavam ver ao longe um lago ou outro. E mais na frente, outra parada da Policia Caminera. Outra vez os documentos, uma olhada dos policiais para dentro do veículo e o “que se vá bien”.
E seguimos em frente.
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Forte Santa Tereza é visita obrigatória
Já dentro da cidade de La Coronilla, encontramos o Fuerte Santa Tereza, uma edificação secular e enorme. Primeiro passamos daquele “Fuerte”, mas em seguida chegamos ao Parque Santa Tereza, e aí resolvemos parar. Foi uma boa ideia. A visita ao Parque, que é uma área do Exército Uruguaio, é gratuita. Quem fica uma passada apenas (como nós), ganha um passe e vai ver o parque. Os que vão para ficar dias, têm de se cadastrar.
É uma área de camping fantástica, e tem estrutura para quem deseja fazer uma parrillada, o nosso churrasco em uruguaio. Árvores fantásticas, pequenos castelos e abrigos para o exército, área de cultivo de plantas. É um lugar inesquecível. Pena que o tempo é curto.
Tem um restaurante, bem sofrido, mas típico, a 16 reais por pessoa, no qual fizemos uma refeição.
Por dentro do Parque, chega-se à Fortaleza, que é uma visita inesquecível. É de ficar pensando como se ergueu aquele forte, quantas vidas foram utilizadas para colocar aquilo de pé. E como deve ser o inverno, o minuano soprando gelado, vindo do pólo Sul. Quantas batalhas ocorreram ali. Tem um museu de armas e de estratégia, com maquetes. Muitos canhões. E uma “Casa de Pólvora”, que é onde guardavam a munição, que é digna de um cartão postal. A entrada no Forte é 2 reais (20 pesos) para adulto. Criança não paga.
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Holandeses conhecem o mundo de bicicleta
Apesar da maioria dos que entram no Uruguai irem de carro, há quem vá de bicicleta. Esses são em especial os europeus, que vêm conhecer a América Latina. É o caso de Ed e Ellen, dois holandeses que após terem andado de bicicleta pelo mundo, resolveram fazer Brasil/Argentina, pela BR 116, indo até Montevidéu e dali para Buenos Aires, de Buqe Buss. Encontramos os dois próximos de uma criação de Alpaca, numa das tantas inesquecíveis paisagens rurais da Ruta 9, em direção a Montevidéu.
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