segunda-feira, 25 de julho de 2011

Bem mais que uma profissão, uma paixão!



Osvaldo mostra  as fotos antigas


Desde cedo, dirigir era uma das suas paixões. Antes mesmo de ter habilitação, Osvaldo Schneider já dirigia caminhão transportando batatas em Boa Vista do Herval, onde morou até os 19 anos. Em 1968, veio para Dois Irmãos e começou a trabalhar na Wendling. Ficou na empresa durante oito anos e meio, trabalhando inicialmente como lavador e lubrificador de ônibus, mais tarde como cobrador, até virar motorista. “Eu fazia os horários de fábrica, de manhã cedo, ao meio-dia e à noite. Depois comecei a dirigir para excursões”, conta.


Depois da experiência na Wendling, Osvaldo foi para a Calçados Henrich. Trabalhou como mecânico e, quando preciso, também dirigia os ônibus da empresa. Depois de 20 anos e seis meses de Henrich, se aposentou. Mas engana-se quem pensa que depois de aposentado ele encerrou a carreira de motorista. Osvaldo ainda trabalhou para diversas pessoas como caminhoneiro, viajando para vários Estados do país, como Rio de Janeiro e São Paulo – mas agora acompanhado pela esposa, Rosa Maria Schneider, 59 anos,

Hoje, aos 62 anos, voltou a trabalhar para a Henrich, fazendo viagens de caminhão para a Bahia. “Levo componentes de calçado e maquinário daqui pra lá, e de lá pra cá trago calçados prontos. Além disso, quando estou na Bahia, faço mudanças para cidades próximas”.



43 anos de estrada e nenhum acidente
Um motorista exemplar, de viajar de olhos fechados. “Quando estou andando na carona com ele, aprecio a paisagem e nem me preocupo com o trânsito. Ele realmente é um ótimo motorista”, afirma a esposa. Sobre o fato de nunca ter sofrido acidentes, Osvaldo destaca a importância de ter muito cuidado nas estradas. “É questão de cuidar, de ter cautela e planejar – no caso dos caminhoneiros - os melhores horários para seguir viagem”, ensina ele.



Ele não troca caminhão por avião
Osvaldo e Rosa têm três filhos: Fabrícia, Henrique e Lucas. Dois deles – Fabrícia e Lucas – são comissários de bordo da companhia aérea TAM, e por diversas vezes o casal já teve oportunidade de viajar de avião. Mas Osvaldo não troca a estrada por nada. “Prefiro ir de caminhão. A vista é mais bonita e podemos ver tudo mais de perto”, diz ele, aos risos.



Adivinhem onde o casal se conheceu?
Ele dentro do ônibus, sentado na poltrona do motorista; ela parada com o então namorado, esperando o ônibus que ia para Novo Hamburgo. Quis o destino que fosse o ônibus dele. “Ela trazia ele na parada e eu ficava olhando pelo retrovisor”, lembra Osvaldo. “Demorei a perceber que ele me cuidava. Reparei só depois de um tempo, aí comecei a olhar também”, conta Rosa.

O antigo namorado acabou percebendo a paquera e pediu ‘um tempo’. “Como eu já tava de olho no Osvaldo, aceitei. Um tempo depois, fui operada e o Osvaldo foi me visitar no hospital”, relembra ela. “Tínhamos uma amiga em comum, a Carmem Petry (in memorian), e ela se tornou o nosso cupido. Levava recados meus pra ele e dele pra mim”, conta Rosa. “Logo depois da cirurgia, ela chegou pra mim e disse que ‘aquele motorista do ônibus queria vir me visitar’, eu concordei. Ele veio, ficou uns 5 minutos e foi embora”, conta Rosa.

Mais tarde, os dois já se falavam com frequência, e sabem em qual situação? Dentro do ônibus, na linha Dois Irmãos/Boa Vista do Herval. “Eu dirigia e ela ia junto. No intervalo das viagens, a gente namorava escondido”, conta Osvaldo, sem conter o riso. Depois disso, e alguns desencontros, o casal finalmente se acertou e seguem juntos até hoje.

Osvaldo e Rosa casaram dia 5 de junho de 1973, e comemoraram 38 anos de união em 2011.

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