A polêmica está perto do fim. Nesta quarta-feira, às 18h30, será votado o projeto 130/2011, que trata do financiamento de 2 milhões e 77 mil reais para a pavimentação de 14 ruas e um caminho de pedestres no bairro São João. O documento foi reenviado à Câmara dentro do modelo original, com 20 anos para pagar.
No último dia 11, os vereadores aprovaram o projeto 118/2011, com emenda que obrigava a quitação do financiamento até o final do mandato. O prefeito Miguel Schwengber vetou, alegando que o financiamento só pode ser feito nas condições estabelecidas pelo programa Pró-Transporte, do Ministério das Cidades. Começou, então, uma verdadeira guerra entre situação e oposição. Na última quinta, em audiência no bairro São João, os moradores deixaram claro que querem a pavimentação logo, não importando o tipo de financiamento e o tempo que o município levará para pagar.
A pressão deu resultado. Ontem, em mais uma sessão agitada, a Câmara acatou o veto por oito votos a favor e um contra, de Paulinho Quadri (PMDB). Assim, o novo projeto – igual ao original – vai à votação em sessão extraordinária, amanhã, e deve ser aprovado. Além disso, também estará na pauta o projeto 104/2011, que libera 580 mil reais para a compra do prédio da Sociedade Santa Cecília. Se ninguém solicitar adiamento da votação, mais uma polêmica pode chegar ao fim (ou recomeçar).
Lei publicada no site da prefeitura revolta oposição
A oposição ficou indignada ao descobrir que a Lei do financiamento já estava publicada no site da prefeitura como aprovada pela Câmara.
No início da sessão, Sérgio Fink cobrou explicações e disse que os vereadores não tinham mais o que votar, pois já estava tudo decidido.
- Como se vê, a ditadura está implantada em Dois Irmãos - declarou o presidente.
A situação admitiu que houve um erro, e o documento foi retirado do site. Questionado sobre o episódio, o prefeito Miguel Schwengber disse hoje que não houve nada proposital:
- Todos os servidores da Procuradoria Jurídica são concursados. Ali ninguém tem interesse em fazer algo planejado para criar um ambiente belicoso. Erro pode acontecer, não é intencional. O que existe, sim, é o vereador Sérgio Fink querendo arrumar confusão de novo. O espetáculo que ele gosta de fazer não cabe mais - declarou.
Sobre a possível aprovação do projeto nesta quarta-feira, Miguel comentou:
- É isso que os vereadores têm que fazer. Parabéns aos vereadores e ao município.
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