sexta-feira, 12 de junho de 2009

Minha história de amor

Para comemorar de uma forma ainda mais especial este Dia dos Namorados, dezenas de leitores enviaram ao JDI suas histórias de amor para concorrer à promoção Jornal Dois Irmãos Dia dos Namorados. Amores que iniciaram pela internet ou em um baile, namoro à distância, encontro em um passeio de bicicleta... Não importa qual a forma, todos querem expressar neste dia o seu amor.
A melhor história de amor, escolhida pela equipe do JDI, foi a do casal Mélany Blume e Patrick Hepp Matté. O casal irá ganhar um jantar romântico no Dia dos Namorados no Center Grill, e prêmios da Brilhu’s, Di Fiori e Espaço da Beleza. A segunda história escolhida é a enviada por Aline dos Santos, que ganhará prêmios da Ki Jóia, Farmácia de Manipulação Vitali e loja Intuição. Em terceiro lugar, ficou o texto de Monique Berlitz, que será premiada pelas lojas Chamony, Relojoaria Dois Irmãos e Chocolates Plátanos.


Leia abaixo os textos vencedores da promoção:

1º LUGAR - Mélany Blume


Mel & Patrick
Esta é a história de amor de Mélany Blume (dois-irmonense) e Patrick Hepp Matté (porto-alegrense) que envolve os seus cupidos, os avós de Patrick, moradores de Dois Irmãos, que se tornaram avôs adotivos de Mélany. A história é assim...
Ela se inicia muito antes do namoro começar de verdade... Eu, Mélany, conheci os avós do Patrick mais ou menos dois anos atrás. Sabia muito pouco sobre a família deles, mas minha mãe e eu visitávamos os dois com muita frequência e acabamos ficando muito amigos dos vovôs.
Eles me adotaram como neta e se preocupavam comigo como avós de verdade. Aos poucos fomos trocando informações, confidências e muito carinho. Eu ficava cada vez mais próxima dos meus “avós adotivos”!
Um dia, decidi, feliz da vida, iniciar um curso de Comissária de Voo, e de pronto, comuniquei a eles. O tempo passou, eu me formei, e chegava a hora de fazer escolhas, enviar currículos, almejar admissões nas companhias aéreas... foi então que surgiu o nome do Patrick!
Ele havia se formado comissário também – mas em Porto Alegre - e havia participado de seleções em algumas empresas aéreas. Certo de que o Patrick poderia me ajudar com dicas e ideias, o seu avô me pediu para que eu lhe passasse o meu e-mail para que seu neto pudesse se corresponder comigo. Eu, descrente, não repassei o meu endereço eletrônico. O avô dele, não satisfeito, pediu o mesmo para a minha mãe, que preocupada com o meu futuro profissional, atendeu ao pedido prontamente, sem me avisar nada.
Como que por mágica, alguns dias depois o Patrick me adicionou no “msn”, mas com a informação de que eu mesma havia lhe passado o endereço.
Começamos a nos comunicar aos poucos, com poucas palavras e procurando não fugir do motivo pelo qual estávamos nos falando: a aviação. Mas conversa vai, conversa vem, fomos trocando ideias, gostos, fotos, etc. e nos aproximando.
O avô dele já estava ansioso! Cada vez que me via, perguntava se o Patrick tinha se comunicado comigo, se estava me auxiliando, não deixando de fazer aquela propaganda do neto. E com o Patrick ele fazia o mesmo, falava muito de mim pra ele. Nenhum de nós estava dando muita atenção, na verdade, para aquela história do vô... Porém, dias antes do Natal, o Patrick comentou comigo, que viria passar o Natal na casa do avô dele aqui em Dois irmãos. Combinamos então de nos conhecermos pessoalmente, já que tínhamos conversado bastante pelo computador.
Então, o dia 24/12/2008 chegou! Era o dia em que nos conheceríamos... passei o dia trabalhando animada com a véspera de Natal, a qual comemoraria, como de costume, com a família toda reunida. Quando cheguei em casa, à noitinha, meus pais e meu irmão já haviam ido para a casa de meu padrinho, onde seria a festa. Com alguns minutos de sobra, resolvi me deitar um pouco para descansar, quando recebi uma mensagem no celular. Era o Patrick avisando que já estava na cidade. Minha barriga começou a denunciar que eu estava nervosa, e ainda por cima, não tinha ideia nenhuma do que vestir!
Alguns minutos depois, a campainha da minha casa tocou e eu torcia para que fosse engano, pois já estava atrasada e meu pai iria me buscar em breve. Abri a janela e me deparei com a salvadora da minha dúvida: minha madrinha do coração estava à porta com uma blusa que queria me presentear para eu usar naquela noite, pois ela soube no decorrer daquele dia, que eu não sabia o que vestir na noite de Natal.
Vesti a blusa – que ficou ótima – me arrumei, e logo meu pai chegava para me buscar para a festa. Pedi a ele, um pouco tímida, para que fôssemos primeiro na casa dos meus “avós adotivos” para lhes desejar feliz natal e ser apresentada ao neto deles. Meu pai, que gosta muito deles também, me levou até lá... chegando à casa, me deparei com a família do Patrick lá: avô, avó, irmão, mãe e ele.
Ele estava lindo, forte, muito mais admirável do que eu o imaginava. Nossos olhares se cruzaram, e aquele foi o melhor abraço que recebi. Algo mexeu com os dois naquela hora. O avô dele quase não cabia em si de tanta felicidade. Ele não parava de falar e queria que eu e meu pai jantássemos com eles, só para não correr o risco de eu e o Patrick nos desencontrarmos. Mas ele inventou uma maneira de nos aproximar: fez eu prometer que voltaria, depois do jantar com a minha família, para mostrar a cidade e o Natal dos Anjos ao Patrick.
Conforme prometido, depois da ceia, meus pais me levaram até a casa do vô e da vó para comemorar com eles também. Ficamos todos conversando até às 2h da madrugada e eu e o Patrick trocamos muitos olhares e quase nenhuma palavra. Mesmo com o tardar da hora, o avô dele insistiu para que nós dois fôssemos dar uma volta de carro pela cidade, e com o consentimento dos pais de ambos, nós fomos.
Não sei qual dos dois estava com mais vergonha. Falamos dos mais variados assuntos e evitávamos falar de nós mesmos, até que não tivemos mais como negar o sentimento que tomava conta de nossos corações. Foi um momento inesquecível!
No dia seguinte nos vimos de novo, e no posterior ele veio tomar um chimarrão em minha casa comigo e com minha família, que o recebeu muito bem.
Era verão, época de praia, e eu não estava muito confiante de que aquilo iria em frente, mas ele me provou o contrário. Procurou-me por várias vezes e o contato era diário. Até passei um final de semana com ele e com a sua família na praia.
Depois disso, ele veio até Dois Irmãos, e numa conversa sincera e aberta com meu pai, me pediu em namoro! Eu estava derretida e conquistada. A distância parecia o maior obstáculo, mas que agora vemos, só aumenta a saudade e a vontade de nos vermos.
Não conseguimos mais ficar longe um do outro. O contato é direto, celular, e-mail, orkut... aproveitamos ao máximo cada minutinho juntos, pois sabemos que o final de semana é curto, e os alternamos ainda entre Porto Alegre e Dois Irmãos. Nossas famílias estão muito felizes com o nosso namoro e o nosso cupido, o avô do Patrick, eu nem preciso falar! Mais que todos eles, quem está feliz somos nós dois.
Nós nos completamos e já não conseguimos pensar em algo para o futuro sem o outro do lado. Nosso relacionamento é recente, faremos 5 meses de namoro nesse dia 10 de junho, mas quem nos conhece bem, não duvida do nosso sentimento! Nós nos amamos! E é por essa linda história, que só tem a crescer e a se fortalecer, que nós merecemos ganhar essa promoção de Dia dos Namorados do Jornal Dois Irmãos.

Com carinho, Mélany Blume.


2º LUGAR - Aline dos Santos



O Milagre do Amor
A história que começo a lhes contar, neste dado momento, acreditem, é um verdadeiro milagre de Deus. Pela forma que tudo aconteceu e tem acontecido, realmente é milagre.
Há alguns meses atrás, eu estava navegando em um site de relacionamento cristão, onde encontrei vários amigos (as), cristãos, fiz amizades, enfim. Mas sabe quando as coisas são para acontecer, acontecem da forma mais inusitada, mas acontecem, principalmente quando Deus tem um plano traçado para nossas vidas. Pois é, aquele dia já estava programado por Deus, para eu e o Alexandre nos conhecermos. Foi até meio estranho, ele me adicionou para conversar, ai quando olhei a foto do perfil dele, comecei a rir, por que achei ele tão bonito, que até parecia mentira, parecia até fake. Até cheguei a pensar que alguém havia tirado a foto da internet e colocado no perfil. Por educação conversei com ele, mas não dei muita atenção. Ele percebendo que eu não estava lhe dando atenção, despediu-se e saiu da conversa. Naquela hora, me veio um sentimento estranho, algo que me fazia pensar nele de outra forma. Então resolvi mandar uma mensagem no site para ele, passando meu MSN para manter contato. No dia seguinte entro no MSN e lá estava um convite para ser adicionado. Adicionei ele, e logo começou a conversar comigo, tipo, oi tudo bem, pediu se tinha orkut, disse que sim, passei meu profile pra ele, mas só isso. Adicionei ele no orkut também, eu estava vendo as fotos dele, e em um dos álbuns achei a foto de uma garota, Maria Paula. Rapidamente perguntei quem era, ele disse que era a garota de quem ele estava gostando. Foi um balde de água fria em mim. Eu estava interessada nele, mas não falei nada, e quando ele me disse que ele gostava daquela garota, ai mesmo que não dei atenção a ele.
Mas como Deus sabe de todas as coisas, no dia seguinte entro no MSN, e quem estava on-line? Ele, em seguida começou a conversar comigo, me contando que a Maria havia lhe “dispensado”. Popularmente falando, tinha dado um fora nele. Olha como Deus é tremendo, ele poderia ter procurado qualquer pessoa para conversar, porque havia muitos amigos dele on-line no MSN aquele dia, mas não, foi logo desabafar comigo. Foi me pedir uma palavra amiga, tudo bem, conversei com ele, mas mesmo sabendo que ela havia dado um fora nele, não fui dando em cima dele não, soube respeitar o sentimento dele, ele estava muito triste por ter sido dispensado. No início da conversa ele me disse assim: Quero falar de alguma coisa que me faça esquecer a Maria, eu lhe disse que então falaríamos de qualquer coisa que não fosse lembrar ela. Conversamos, e por incrível que pareça, no final da conversa ele me disse que nem lembrava dela. Eu sinceramente não acreditei, mas não falei nada pra ele, ele me desejou boa noite, e foi dormir.
No outro dia, de novo, entrei no MSN e ele foi logo falando comigo, perguntei se ele estava bem, se tinha se recuperado do fora, ele disse que sim, e que estava com vontade de conversar comigo de novo. O assunto foi ficando mais sério, de repente ele fala, oh loirinha bem que você podia vir pro Rio, né, um moreno com uma loira de olho verde, da pra tira onda, me achar. Nossa, fiquei tão chateada com isso que havia escutado, e logo pensei, o cara só quer tirar onda comigo, curtir. Aí ele foi logo dizendo, se explicando que gostava de loira, então eu disse pra ele que ele deveria procurar qualquer loira no Rio de Janeiro, se era só pra curtir, ele ia encontrar aos montes. Foi ai, que ele começou a se abrir, e falar que estava gostando de mim. Logo questionei ele, se ele namoraria uma garota de 19 anos que morava no Rio Grande do Sul. Ele disse que talvez, não tinha certeza. Mas o mais estranho, é que a cada dia que passava, eu tinha mais vontade de conversar com ele, e ele também, e olha a gente tem assunto, quase todos os dias ficávamos até tarde conversando. Em um dia desses, ele me passou o telefone da casa dele, o telefone celular, e me perguntou se poderia passar o número do meu celular também, até passei, mas achei que ele nem iria ligar. Nem dei muita bola pra isso. Logo em seguida veio um torpedo dizendo, oi amor, boa noite. Comecei a pensar que ele estava me levando a sério, mas também achava muito cedo para estar gostando de uma pessoa que conheci pela internet, que nunca havia conhecido pessoalmente, mas o Deus que servimos é Deus do impossível, e faz coisas inacreditáveis por nós. Exatamente no dia 21 de abril, nem namorávamos ainda, eu entrei no MSN, conversamos, porém eu estava conversando com um amigo também, e por descuido ou sei lá o que, não respondi a uma pergunta dele. Então começamos uma briga horrível pelo MSN mesmo, e eu comecei a chorar. De repente fui tomada por um sentimento que não sabia de onde tinha vindo, algo diferente de tudo o que eu já havia sentido antes, e chorando como criança eu pedia a Deus que não me tirasse ele, que eu não queria perder ele, discutimos muito, mas na mesma noite nos acertamos, e o mais engraçado foi que a gente nem namorava, mas agia como tal.
Já era inevitável, dia 24 ele me pediu em namoro e aceitei. Ficamos muito felizes, estava acontecendo algo diferente conosco, estávamos namorando por internet. Contei pra minha mãe, ela ficou feliz por mim, porém ele não contou para a família dele por que imaginava que iriam zoar ele e tal, mas quando as coisas são de Deus, tudo da certo. Mais cedo ou mais tarde a família dele saberia, então resolveu contar a sua família sobre nós. Por obra de Deus, creio eu, a mãe dele apoiou,e apóia até hoje.
Como não somos de ferro, temos sentimento, a saudade “pega” todos os dias, e dói, faz chorar, sabíamos que não seria fácil, mas confiamos em Deus. Um sábado à noite estávamos conversando, e perguntei por que ele não vinha pro sul me ver. Ele me respondeu dizendo que estava esperando uma resposta de uma empresa, sobre um emprego. Então perguntei por que ele não vinha só por um fim de semana pelo menos. Ele achou uma ótima idéia, então começamos os preparativos para a vinda dele pro sul. Fomos vendo preços de passagem aéreos, horários de vôo, horários de ônibus para ele chegar até Dois Irmãos, graças a Deus tudo estava dando certo. Foi a semana mais longa que já tive, não via a hora de chegar sexta-feira, de poder ver ele, de abraçar. Pra vocês que estão lendo verem como Deus é bom, poderoso, fiel. A mãe dele que achávamos que não iria nos apoiar, perguntou se ele tinha comprado alguma lembrancinha pra minha família. Ele disse que não. Nossa, chingou ele de monte, e foi ela comprar. Comprou camisetas do Rio de Janeiro, pra mim, minha irmã, minha mãe e meu pai, nossa, nem mesmo o Alexandre acreditou nisso, realmente temos visto que Deus está a frente do nosso relacionamento.
Dia 15/05/09, inesquecível, seria a 1ª vez que no víamos. Era grande a expectativa, o dia estava sendo corrido para os dois. Ele pegou o vôo as 8 da manha no Rio, e chegaria em Dois Irmãos às 14 horas. Então fui pra rodoviária esperar ele. Gente, antes mesmo de o ônibus chegar eu já estava chorando, contava os minutos, segundos pra ver ele. Quando olho pro lado, o ônibus estava encostando à rodoviária, desceu algumas pessoas, de repente eu olho, e ele estava descendo. Incrível, meu coração disparo, ele estava com tanta pressa de descer daquele ônibus que na hora de entregar a passagem pro motorista, entregou o bilhete do vôo. Foi procurar rápido no bolso da calça, entregou a passagem toda amassada, desceu rápido, e me deu um beijo me abraçou tão forte, nem me largo, até tava esquecendo da mala, foi um momento inexplicável. Tivemos um final de semana muito legal, curtimos muito cada momento. Sábado fomos jantar fora, foi muito divertido, tipo como ele é carioca, muita coisa daqui ele não conhece, cultura diferente e tal. Ai ele foi comer um pedaço de polenta frita, pensando ser queijo quente, nossa rimos muito, por que ele não conhecia polenta. O nosso domingo foi muito especial, uma benção de verdade. Fomos a Igreja pela manhã, buscamos ao Senhor, oramos, mas o mais importante, foi que o Pastor nos chamou no altar, orou por nosso namoro, e nos ungiu. Foi realmente uma benção. Almoçamos, e a tarde foi muito engraçado, começamos a “brincar”, parecíamos criança, foi muito legal, depois mais a tardinha fomos pro centro, damos uma voltinha, tiramos umas fotos, para a família dele conhecer a cidade. Depois fomos na casa de uma tia e na casa da minha avó. Fui apresentá-lo a uma parte da família, o domingo estava terminando, estava cada minuto se aproximando a segunda-feira, a temida segunda-feira.
Acordamos cedo, fomos pro centro, revelar algumas fotos, e comprar um presentinho pra mãe dele que somente por obra de Deus, tem nos dado força. Já estávamos sentindo que a hora de dizer tchau, estava chegando, mas mesmo assim, cada minuto, cada segundo era precioso para ser desperdiçado, aproveitamos o máximo que pudemos. Lá pelas tantas encontramos no centro caminhando minha prima, e a colega dela, apresentei o Xandy a elas, mas estávamos com pressa, e logo continuamos andando. A gente tinha alguns lugares para ir, antes de ir embora. Quando cheguei em casa para fazer o almoço, como sempre, a loira esqueceu de alguma coisa, o queijo para fazer o almoço. Pedi que o Xandy fosse comprar. Expliquei, amor, é só você subir aquelas escadas e ir em frente. Logo na esquina você vai ver o mercado. Tudo bem, ele foi, mas já tinha passado quase 20 minutos e nada dele. Fui atrás, deixei as panelas no fogo e fui. Adivinha se ele não tinha se perdido. Foi muito engraçado, quando eu cheguei em casa lá estava ele, cansado de tanto caminhar, pelo menos trouxe o queijo. Enfim, na mesa, quando fomos orar, agradecendo o alimento, não conseguimos nos conter, as lágrimas rolavam, tanto do meu rosto, quanto no dele. Imaginem só, um homem, chorar na frente dos pais da namorada, é algo muito forte e fora do comum. Isso só acontece quando existe amor de verdade. Mal conseguimos almoçar, estava difícil, sabíamos que dali a alguns instantes teríamos que nos “separar”. Ele ia voltar pro Rio. Uns momentos depois fomos para a sacada da casa onde moro, tirar uma ultima foto daquele final de semana inesquecível pra gente. E mais uma vez, não conseguimos conter as lágrimas. Agora escrevendo essa história estou chorando. As vezes pode parecer até mentira, mas só mesmo quem viveu ou está vivendo ela é quem sabe o que está se passando.Tiramos a foto, em seguida demos as mãos e oramos juntos, e de novo, as lágrimas caiam. Terrível, mesmo, dizer tchau pra ele. Caramba, eu chorava tanto, dei um abraço e um beijo nele, não queria soltar dele, estava sendo o momento mais difícil da viagem, mas, eu tinha que trabalhar, e ele voltar pro Rio. Não havia o que se fazer, dei mais um abraço bem apertado, e um beijo, dissemos tchau, virei as costas e fui pro trabalho.Usei óculos escuros para esconder as lágrimas, chorava o tempo todo. Cheguei no trabalho chorando, as gurias já sabiam o por que do meu choro, mas me deram força e palavras de ânimo, dizendo que ia passar rápido, e que logo nos veríamos de novo, e vamos, em outubro, ele está de aniversário, e em nome de Jesus, vou ir pro Rio conhecer a mãe e a irmã dele.
Está chegando o Dia dos Namorados, é, não vamos estar juntos fisicamente, mas estamos ligados pelo amor, o único presente, o maior presente, já ganhamos, um ao outro, mas queríamos muito poder estar juntos no Dia dos Namorados. Porém Deus é quem sabe de todas as coisas, e vamos esperar nele, e ele fará o melhor por nós, cremos nisso.
E para quem está pensando que nossa história chegou ao fim, parem, leiam o que vou dizer, “O AMOR É O VERDADEIRO DOM DE DEUS”, ele existe, e é só o que está faltando no mundo AMOR. E digo mais, a minha história com o Alexandre está apenas no começo, vamos nos casar, e da nossa união virão filhos, benção de Deus, cremos nisso...



3º LUGAR - Monique Berlitz


Tudo começou numa tarde de junho, se não me engano, no ano de 2007, quando eu acessei a internet para ver o meu Orkut, como de costume. Naquele tempo, eu não trabalhava, e estudava à noite, então quando tinha algum tempo livre corria para o computador para conversar com os meus amigos ou então responder os recados que me deixavam. Porém, apesar de toda aquela mordomia, eu estava entediada, ainda mais porque eu sempre encontrava as mesmas pessoas e os assuntos eram sempre os mesmos. Por isso, decidi que iria convidar novas pessoas para fazer parte do meu “círculo de amigos”. Foi então que comecei a vasculhar o Orkut, em busca de alguém que eu não conhecesse ou que conhecia, mas que não mantinha contato. Encontrei o Leandro, que era DJ e residia em Dois Irmãos. Fiquei curiosa pra saber de quem se tratava e resolvi adicionar.
Juro que não esperei que me aceitasse, pois não nos conhecíamos e ele poderia pensar que eu só quisesse aumentar o meu número de contatos, como alguns costumam fazer.
Porém, foi grande a minha surpresa quando, quase que instantaneamente, ele me mandou um recado e pediu para conversarmos mais reservadamente pelo MSN.
A minha intenção era somente amizade, não tinha nenhum outro interesse por trás, até porque, na época, eu gostava de um garoto. Queria mesmo alguém para conversar e me distrair. O Leandro também era muito mais velho que eu. Tinha 26 anos, enquanto eu tinha apenas 17. Mas isso não vem ao caso. O fato é que ele se tornou o meu confidente a partir de então, e um grande amigo também, mesmo que via internet. Também, não é para menos. Passávamos horas a fio conversando, quase que diariamente, para não dizer todos os dias da semana, mas quando não mantínhamos contato, eu sentia saudade. Era tão bom falar com ele, me passava tanta tranquilidade e confiança que eu sentia liberdade para lhe contar dos meus problemas, das minhas angústias. Eu sabia que ele viria com os seus conselhos de homem maduro e experiente, que me deixariam melhor e me consolariam. Ele era sempre muito prestativo e tentava a qualquer custo levantar o meu astral quando via que eu não estava bem. Muitas vezes, o simples fato de nos falarmos já me deixava melhor.
O Leandro já tinha comentado sobre nos conhecermos pessoalmente, já que há um bom tempo nos falávamos. Mas eu, apesar de ter criado uma grande empatia por ele, não queria conhecê-lo com medo de me envolver. Já tinha percebido que ele havia gostado de mim, do meu jeito, por isso nem queria apostar numa aproximação maior, pelo menos não naquele momento. Eu ainda tinha na cabeça aquele rapaz, pelo qual eu era apaixonada e não pretendia abrir mão dele, apesar de namorar outra garota. Eu era muito perseverante, apostava que algum dia ficaríamos juntos, mas quando? Todos sempre me diziam para esquecê-lo, mas eu não dava ouvidos, mesmo sabendo que poderia me machucar ainda mais com o passar do tempo.
O Leandro não foi diferente. Disse o mesmo, depois de eu ter lhe contado toda a história. É claro que pelo fato de estar interessado não diria o contrário, mas no fundo eu sabia que, apesar disso, ele tinha razão. Prometi para mim mesma que tentaria tirá-lo da cabeça e acabei aceitando o convite do Leandro para nos encontrarmos. Ele já tinha comentado que a banda Acústicos e Valvulados viria se apresentar na cidade em setembro, na Sociedade Atiradores e que ali haveria também uma pista eletrônica, onde ele tocaria. Sugeriu que fosse lá o nosso encontro. Porém, como eu não trabalhava e não tinha dinheiro para comprar o ingresso, ele perguntou onde eu morava e levou-o até a minha casa, mas deixou na caixinha do correio sem que eu soubesse. Fiquei feliz com a surpresa e, a partir daí, comecei a tramar um plano para ir à festa.
Como o meu primo e alguns amigos dele iriam também, combinei que passaria na sua casa, mas até então não sabia como, porque meus pais não me deixavam sair sozinha à noite e eu não queria dar trabalho a ele de vir me buscar. Por isso, pedi para o Leandro me levar até lá. Poderia parecer loucura me encontrar às escondidas com um desconhecido, mas eu confiava muito nele.
No dia 28 de setembro de 2007, enfim, chegou o grande dia e ele veio no horário marcado. Tive a dura missão de mentir aos meus pais que um amigo me levaria à festa, pois se contasse a verdade é óbvio que não concordariam. Eu estava um pouco ansiosa, mas nada além do normal. Quando entrei no carro, abri um largo sorriso e nos cumprimentamos, mas sem formalidade alguma. Conversamos um pouco e fiquei feliz ao perceber que ele era exatamente o que eu imaginava. Era tão querido quanto nas conversas pelo MSN. Sorte a minha.
Como o combinado, ele me deixou na casa do meu primo e seguiu para a Sociedade Atiradores, onde fomos mais tarde. Encontramo-nos lá dentro novamente e ficamos a noite inteira juntos. Até a metade do show, apenas dançamos e conversamos como bons amigos. Porém, teve um certo momento em que chegamos mais perto e acabamos nos beijando. Não culpo alguns copos de cerveja que eu havia bebido, até porque eu estava sã. O fato é que eu tinha adorado a sua companhia e ele era um homem encantador. Mesmo assim, o meu coração ainda batia pelo outro rapaz, por isso resolvi contar ao Leandro, para que não criasse muitas expectativas em relação a nós. Ele compreendeu e disse que me faria esquecê-lo com o tempo e pediu para nos encontrarmos no dia seguinte.
Dali em diante, passamos a nos ver quase que diariamente e engatamos um namoro. Nos primeiros meses, posso dizer que não sabia ao certo o que eu sentia por ele, pois eu ainda pensava na minha antiga paixão. Muitas vezes, pensei em desistir e terminar a relação, por não conseguir corresponder da mesma forma que ele. Porém, o tempo foi passando e percebi o quanto o Leandro era especial e essencial na minha vida.
Não me imaginava mais longe dele, era com ele que queria ficar e passar o resto dos meus dias. O amor, às vezes, nos pega de surpresa. Nos tira quem amamos, mas nos trás em troca aquele que realmente pode nos fazer feliz.


Com amor, ao meu namorado João Leandro Pilz.

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