
Questionado sobre o motivo da licença, Sérgio diz apenas que pretende dar oportunidade à suplência do partido. O primeiro suplente é Léo Büttenbender, que hoje ocupa a chefia do Departamento de Cultura. Como dificilmente ele deixará o cargo para assumir como vereador, quem deve entrar no lugar de Sérgio é Graciela Jaeger. Neste caso, a presidência interina seria ocupada pela atual vice-presidente, a vereadora Eliane Becker (PP).
Apesar de não admitir publicamente, sabe-se que a decisão de Sérgio tem outros motivos, até porque sua relação com os suplentes do PSDB não é das melhores. Aliás, é notório que Léo e Graciela parecem mais afinados com o discurso da situação, o que até provocou “mal estar” na última convenção do partido.
O que, então, estaria por trás deste pedido de licença?
Na verdade, Sérgio não anda contente com o rumo da coligação entre PMDB, PP e PSDB.
Os três partidos apoiaram o mesmo candidato nas últimas eleições e têm um acordo para dividir a presidência da Câmara durante os quatro anos de mandato. Nos bastidores, Sérgio tem reclamado com frequência da “falta de reuniões” entre os partidos para trocar ideias e afinar o discurso. Dias atrás ele comentou que por várias vezes já procurou os presidentes de PP e PMDB para marcar um encontro, mas até agora não teve sucesso. Por isso, sua licença talvez seja uma forma de pressionar a direção dos partidos.
O certo é que a saída temporária do presidente pode significar uma inversão de forças dentro da Câmara, com a situação passando a ser maioria.
É importante lembrar também que neste momento tramitam projetos importantes na casa, como o financiamento de 1 milhão de reais para a renovação da frota de veículos e equipamentos da garagem.
Portanto, tudo vai depender do tempo que Sérgio pretende ficar afastado da Câmara. Mas é fato que a licença, por si só, já representa abalo nas estruturas.
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