quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Câmara volta dia 1º


Na próxima segunda-feira, dia 1º, acontece a primeira sessão ordinária do ano na Câmara, quando os vereadores poderão utilizar a tribuna livremente.
Desde o início do ano, já foram realizadas algumas reuniões extraordinárias para a votação de projetos, mas nestes casos os vereadores não podem se manifestar; apenas discutir os documentos em questão.
Para saber o que se pode esperar da política dois-irmonense em 2010, o Jornal Dois Irmãos entrevistou os vereadores. Não foi possível contato apenas com Eliane Becker (PP), que está em uma viagem de férias por países da América do Sul.

Qual sua expectativa em relação ao trabalho
da Câmara de Vereadores em 2010?
Tânia da Silva -
A maior expectativa é formar uma boa parceria com o Executivo para buscar o melhor para Dois Irmãos. Espero que o Executivo cumpra as metas prometidas. Nós vamos ser parceiros na Câmara.
Jerri Meneghetti - Espero que seja um ano produtivo e de muito trabalho, e que as obras saiam do papel. Temos que fazer um bom trabalho e cuidar dos interesses da população dois-irmonense.
Joracir Filipin - A expectativa para 2010 é ótima. 2009 foi um ano de adequação em que aprendemos mais sobre a Lei da Câmara, e se no ano passado já foi bom, este ano vai ser melhor ainda.
Jair Quilin - Que o trabalho seja igual ao do ano que passou. Espero que o interesse maior seja o município e não as individualidades de cada um.
Eliseu Rossa - A expectativa é de que seja um ano de muito trabalho. É isso que a comunidade espera e temos que batalhar para conseguir as coisas.
Sérgio Fink - Que seja de trabalho intenso e que o período pré-eleitoral não interfira no andamento.
Paulinho Quadri - Continuar o mesmo trabalho do ano passado, fiscalizando bastante.
Antônio Renz - Minha expectativa é boa. Se andar da forma como foi em 2009 vai ser muito bom.


O que esperar dos adversários políticos?
Tânia da Silva -
Adversários há só no campo de ideias. Espero que continue o respeito, principalmente pelo poder constituído que é o Poder Legislativo, eleito pelo povo. Tem que manter esse respeito. Não somos oposição, queremos o melhor para Dois Irmãos.
Jerri Menghetti - Espero que sejam colocados em primeiro lugar os interesses da comunidade e que os interesses políticos e partidários sejam o segundo plano. Este é o meu pensamento e espero que seja o de todos. Até certo ponto, em 2009 as coisas funcionaram. Foi um ano bom, mas em 2010 pode melhorar.
Joracir Filipin - Na verdade, não classifico como adversários políticos, mas como pessoas que às vezes têm ideias diferentes da nossa. Essa história de oposição e situação sempre vai existir, mas este embate tem que ser bom e priorizar a comunidade.
Jair Quilin - Espero que tenham bom senso e pensem primeiro na comunidade, e não neles.
Eliseu Rossa - Acredito na parceria, pois o que está em jogo é Dois Irmãos, e não a sigla de cada de partido. Eu sempre acreditei nas pessoas, e isso tem que ser essencial para um bom trabalho.
Sérgio Fink - Que deixem o interesse partidário em segundo plano. Temos recursos vindos do Estado, já resolvemos questões burocráticas, mas do Governo Federal não estamos vendo nada. O debate de ideias faz parte, mas a relação tem que ser independente de partido. Temos um interesse comum por Dois Irmãos, a forma de agir é que talvez não seja a mesma.
Paulinho Quadri - Espero que eles trabalhem pela comunidade de Dois Irmãos e que façam as coisas corretas; que trabalhem honestamente.
Antônio Renz - Espero que não criem tantas polêmicas e não segurem projetos. Seguraram um no final do ano e outro ontem. É preciso ter flexibilidade; pensar na comunidade, e não nos interesses pessoais.



Como será a relação com a prefeitura?
Tânia da Silva -
Será uma relação de trabalho, de respeito, que venha para somar. Mesmo com divergências partidárias, mas sempre pensando no bem da comunidade, querendo o melhor do município.
Jerri Menghetti - Que seja aberta e com bastante diálogo. Como já disse anteriormente, se os interesses políticos e partidários ficarem em segundo plano, a relação vai ser boa, caso contrário pode ser abalada.
Joracir Filipin - Acredito e espero que seja uma relação tranquila. Não vejo como um entrave a relação entre Executivo e Legislativo. No ano passado foi ótimo, e no que depender de mim, todos os projetos que vierem e forem bons para o povo, irei aprovar.
Jair Quilin - Acredito que a relação será boa. São pessoas inteligentes, e penso que as pequenas discussões fazem parte da normalidade. Além disso, no final, quen sai ganhando não são nem os vereadores, nem o prefeito, mas a comunidade de Dois Irmãos.
Eliseu Rossa - Deve ser tranquila. Não pode haver atritos entre os poderes Legislativo e Executivo, mas acredito que a relação precisa melhorar. 2009 foi um ano de aprendizado e estou confiante para 2010.
Sérgio Fink - Tem que ser uma relação harmoniosa, mas independente. Cada poder tem sua função. E nós não podemos abrir mão do nosso trabalho, que é aprovar ou reprovar projetos e fiscalizar.
Paulinho Quadri - Eu nunca tive problemas com o Executivo. Saúde e educação não tem partido e o restante só faço o que está dentro da lei. Espero que o Executivo faça as coisas dentro da lei e da ordem.
Antônio Renz - A relação ano passado foi razoavelmente boa e deve continuar assim. Claro, a gente sabe que tem aqueles vereadores mais polêmicos, que gostam de criar uma polêmica e só pensam em fazer oposição. Mas tem que haver um maior comprometimento com o que realmente interessa a comunidade.



O que não pode deixar de ser feito em 2010?
Tânia da Silva -
Este ano temos que lançar um olhar direcionado à população em relação à saúde. Temos muito o que caminhar. Uma nova emergência para Dois Irmãos foi prometida e não tem como deixar de ser feita em 2010. A área física do Postão 24h esgotou. Essa tem de ser a prioridade. O vereador tem de ser um elo entre a comunidade e o Executivo.
Jerri Meneghetti - Em 2010 não pode faltar trabalho. Tenho muita preocupação com as pavimentações e obras que até agora não vi sair do papel. Entre elas, as estradas Sapiranga e Campo Bom. Corremos muito atrás para conseguir recursos e as obras estão demorando mais do que se esperava. Também não pode deixar de ser feita a escola de educação infantil no bairro Beira Rio, além de outras melhorias.
Joracir Filipin - Não podem deixar de ser feitas as prioridades que foram discutidas com a comunidade e que estão no Orçamento Municipal. Há obras para saírem do papel, entre elas o novo Postão 24h, a área do distrito industrial e a habitação popular.
Jair Quilin - O asfalto na estrada Sapiranga e na Campo Bom, que são dois projetos que já estão em andamento. Também o asfalto da rua Goiás, no bairro São João, além do posto de saúde no bairro São Miguel. É preciso iniciar as obras das casas populares; a área industrial deve funcionar. E na saúde, o início da construção do posto 24h ao lado do Hospital.
Eliseu Rossa - Em primeiro lugar deve ser feito o asfalto da rua Goiás, no bairro São João. Também são obras primordiais o asfalto das estradas Sapiranga e Campo Bom, a construção do posto de saúde do bairro São Miguel, as pavimentações de outras ruas e a construção da escola de educação infantil.
Sérgio Fink - Muita coisa! No meu entendimento, têm de parar com essa questão de estágio e “aprendizado”. Um prefeito que foi vereador por 8 anos precisa ter um conhecimento básico de administração; precisa parar de enrolação e fazer as obras saírem do papel. A Câmara encaminhou recursos em maio e as obras ainda não foram feitas. Entre agosto e setembro também destinamos recursos para a compra de um ônibus escolar e até agora nem foi feita licitação; não tem o que justificar. É preciso mais ação e menos enrolação.
Paulinho Quadri - Fazer tudo o que não foi feito em 2009. Tudo o que foi prometido. Prioridade é a saúde, temos de pensar seriamente. Deixar de conversar e fazer um espaço físico descente; deixar a cidade cada vez mais limpa e fazer o asfalto da estrada Campo Bom, são só algumas prioridades para este ano.
Antônio Renz - Algumas coisas que não podem deixar de ser feitas são, por exemplo, o posto de saúde do São Miguel; adquirir uma área de terra para a construção do novo Postão. Acho que Dois Irmãos é merecedora de uma unidade de saúde que possa atender melhor a comunidade. E são coisas que não aconteceram em 50 anos. Também tem a escola de educação infantil do bairro Primavera e no Bela Vista. Essas, acredito, são as principais prioridades deste ano.



Ano de eleição para presidente, governador e deputados ajuda ou atrapalha?
Tânia da Silva -
As duas coisas andam juntas. Atrapalha no sentido que cada vereador tem sua cor partidária e vai defender seu partido. Por outro lado, ajuda porque traz um debate: eleições para presidente e governador debatem o estado, o país como um todo. E tudo vai depender da nossa maturidade política.
Jerri Meneghetti - Se a gente tiver uma conduta profissional e não deixar que a eleição interfira no trabalho, não irá atrapalhar. Mas se ela for colocada à frente, vai atrapalhar. A discussão deve ser saudável.
Joracir Filipin - Esta eleição tem dois embates. Um é o governo federal que quer a reeleição dos trabalhadores e o outro é o Estado, que quer reeleger a maioria da elite. Porém, acredito que isso não irá prejudicar nem ajudar no nosso trabalho. A comunidade espera de nós um bom trabalho, e é isso que devemos fazer.
Jair Quilin - Acho que não atrapalha no município, mas no país pode dar uma parada.
Eliseu Rossa - Em momento nenhum a eleição deve atrapalhar ou interferir no nosso trabalho. A eleição é em outro nível, e o que temos que deixar transparecer é o trabalho para Dois Irmãos. Vou ficar muito triste se acontecer da eleição atrapalhar.
Sérgio Fink - Nem um, nem outro. Nosso trabalho tem que ser independente da eleição. Isso não pode interferir nas questões de Dois Irmãos.
Paulinho Quadri - Ajuda no país a questão de negócios. Em ano de eleição o governo libera tudo e os negócios crescem. É ruim porque vai se gastar muito dinheiro nas campanhas. Acho que deveriam estudar no futuro uma única eleição para vereador, prefeito, presidente, governador... Gastaria de uma vez só!
Antônio Renz - Com certeza pode atrapalhar porque alguns vão querer defender os seus partidos e interesses pessoais. Temos de pensar em trabalhar pela comunidade em primeiro lugar, e fazer campanha nas horas em que não estivermos na Câmara. Debater as questões partidárias só fora da Câmara de Vereadores.

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